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    À CNN, ministro descarta interferência em preços de passagens no RS e fala em “sensibilizar” aéreas

    Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) também informou previsões para normalização do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre

    Basília RodriguesVictor Aguiarda CNN

    São Paulo

    O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), afirmou em entrevista à CNN nesta terça-feira (21) que o ministério “não tem como intervir no preço da passagem” dos aviões no Rio Grande do Sul.

    A declaração, dada ao CNN Novo Dia – exibido de segunda a sexta a partir das 6h –, se refere à retomada de voos no estado, que terá a base aérea de Canoas recebendo voos comerciais para atender a região metropolitana de Porto Alegre enquanto o aeroporto Salgado Filho permanece fechado devido às enchentes.

    Segundo Costa Filho, o governo federal não tem meios para impedir um eventual aumento no preço das passagens para o estado, considerando a limitação de voos.

    “A gente não tem como intervir no preço da passagem por uma questão de mercado”, afirmou Costa Filho. “O Estado não tem um papel intervencionista, o que a gente tem que fazer é um trabalho de sensibilização das companhias aéreas”, disse ele.

    Com o fechamento do Salgado Filho, voos comerciais foram transferidos para aeroportos regionais do Rio Grande do Sul desde o dia 8 de maio. Seis bases estão funcionando no momento, incluindo a base aérea de Canoas, autorizada na segunda-feira (20).

    “Nós já tínhamos autorização para a execução de 81 voos semanais. Ontem autorizamos ampliarmos mais 17 voos, totalizando 98 voos semanais, e mais esses 35 semanais no aeroporto de Canoas”, disse Costa Filho.

    Falando de forma mais genérica sobre a questão dos preços de passagens aéreas no país, o ministro acrescentou que, quando possível, a população busca comprar os bilhetes com antecedência, quando os preços estão mais baixos.

    “O que a gente tem pedido à sociedade brasileira é que a gente possa criar a cultura, como existe hoje nos Estados Unidos e na Europa, de comprar a passagem com mais antecedência. Isso é fundamental”, afirmou. “Sabemos que às vezes você tem que fazer um voo emergencial, de última hora, termina pagando mais caro.”

    “Mas esse trabalho de sensibilização o ministério tem trabalhado para fazer. Nós já tivemos uma redução de mais de 14% neste primeiro trimestre e a gente tem trabalhado nessa direção para, cada vez, mais fazer com que as companhias aéreas possam reduzir o preço da passagem, que infelizmente tá alto”, concluiu.

    Sem previsão de reabertura do Salgado Filho

    Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, a expectativa é de que seja conduzido um diagnóstico da situação do aeroporto Salgado Filho nos próximos dias.

    Em função da potencial demora do processo, o ministro descartou previsões para a reabertura do aeroporto. Segundo ele, “qualquer avaliação nesse momento é prematura e não dialoga de fato com dados reais de uma realidade técnica”.

    “A água do terminal já baixou, eles já contrataram uma equipe para ver a situação da infraestrutura do terminal, a parte estrutural, até que ponto ela foi afetada, e também todo o sistema elétrico”, disse ele.

    “Paralelamente, a gente está aguardando a água baixar na pista para poder ter um diagnóstico. A concessionária vai fazer um estudo para saber se houve estragos, e a partir daí a gente vai fazer uma avaliação mais objetiva do ponto de vista técnico, operacional”, acrescentou Costa Filho.