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    Após ofensiva russa, tamanho do dano em usina nuclear na Ucrânia depende de área atingida

    Usina de Zaporizhzhia é a maior da Europa e tem instalações mais modernas que a de Chernobyl; incêndio aconteceu na área onde a usina nuclear está localizada

    Yara Ferrazda CNN

    em São Paulo

    Um ataque promovido pelas tropas russas provocou um incêndio no complexo onde fica localizada a usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, a maior desse tipo em toda a Europa. O fogo começou em um prédio de treinamento do lado de fora do complexo do reator principal, segundo o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia.

    Na noite desta quinta-feira (3), o âncora do Jornal da CNN, William Waack, falou sobre o que um ataque contra a instalação poderia provocar.

    A usina produz cerca de 5.700 megawatts-hora (MWh). “Isso é metade de uma Itaipu. Para vocês terem noção, a Angra 2 que é o nosso maior reator, produz 1.300”, explicou.

    Porém, a instalação é mais moderna do que a de Chernobyl, também localizada na Ucrânia, e palco de uma acidente nuclear em 1986. Ou seja, também é mais segura.

    “Ela funciona por um sistema conhecido como de água pressurizada. São dois circuitos: o primário, que gera calor, e o secundário, que gera resfriamento. Isso do calor gerado pela reação do urânio dentro do bloco do reator”, disse Waack, mencionando a explicação dada por um especialista na CNN Internacional.

    “Dependendo do circuito que foi atingido, gera um acidente de diferentes proporções. Se é atingido o primário, como em Fukushima, é resultado catastrófico, impossível de se imaginar. Se é o circuito secundário, que é o de resfriamento, a gente pode pensar na contenção de danos”, afirmou o âncora da CNN.

    O órgão regulador ucraniano informou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que não houve alteração relatada nos níveis de radiação da usina.

    Vídeo de vigilância mostra usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia após ataque russo nas proximidades / 04/03/2022 Usina Nuclear de Zaporizhzhia via YouTube via REUTERS