“Xinxa da Cebola”: empresário do ramo de hortifruti é preso por lavagem de dinheiro no Recife
Investigado ostentava vida de luxo nas redes sociais, com fotos em barcos, helicópteros e carros da marca Ferrari
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O empresário "Xinxa da Cebola" ou “Rei da Cebola” • Reprodução/redes sociais
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Empresário ostentava vida de luxo nas redes • Reprodução/redes sociais
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Com mais de 270 mil seguidores apenas em uma rede social, Xinxa da Cebola frequentemente exibia seu padrão de vida na internet • Reprodução/redes sociais
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Agentes cumpriram mandados em Pernambuco e Fortaleza • PF/Divulgação
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Ao longo das apurações policiais, foram identificadas movimentações financeiras, por parte de suspeitos ligados a ele, incomuns para pessoas jurídicas e físicas • PF/Divulgação
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O grupo seria responsável por movimentar, nos últimos cinco anos, mais de de R$ 70 milhões em lavagem de dinheiro • PF/Divulgação
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Empresário pode responder também por sonegação fiscal, porte ilegal de arma de fogo e agiotagem • PF/Divulgação
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Além do bloqueio de valores dos investigados, veículos de luxo também foram apreendidos • PF/Divulgação
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De acordo com as autoridades, o suspeito ostenta um padrão de vida totalmente incompatível com sua renda e bens declarados • Reprodução/redes sociais
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O cantor Wesley Safadão e o empresário "Xinxa da Cebola" • Reprodução/redes sociais
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O cantor Gusttavo Lima e o empresário "Xinxa da Cebola" • Reprodução/redes sociais
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O cantor Belo e o empresário "Xinxa da Cebola" • Reprodução/redes sociais
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O cantor Xande de Pilares e o empresário "Xinxa da Cebola" • Reprodução/redes sociais
A Polícia Federal em Pernambuco prendeu, na manhã da última quarta-feira (31), em Boa Viagem, na zona sul do Recife, um empresário do ramo alimentício suspeito de liderar uma organização criminosa.
O grupo seria responsável por movimentar, nos últimos cinco anos, mais de de R$ 70 milhões em lavagem de dinheiro, além de ser suspeito de sonegação fiscal, porte ilegal de arma de fogo e agiotagem.
Segundo a investigação, Xinxa Goes de Siqueira, conhecido como “Xinxa da Cebola” ou “Rei da Cebola”, chefiava um esquema criminoso que atuava nos estados de Pernambuco, Fortaleza e São Paulo.
Ao longo das apurações policiais, foram identificadas movimentações financeiras, por parte de suspeitos ligados a ele, incomuns para pessoas jurídicas e físicas. Com a conclusão da investigação, foi comprovado que a organização teria movimentado cerca de R$ 70 milhões de reais, com origem ilícita, na prática de diversos crimes.
Nesta quarta-feira (31), um mandado de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em endereços comerciais e residenciais de pessoas físicas participantes do esquema do empresário foram cumpridos em Boa Viagem, Jaboatão dos Guararapes, Paudalho, Cabrobó, Recife e Fortaleza, no Ceará.
Em Fortaleza, capital do Ceará, o grupo possuía uma loja de veículos de alto padrão, que segundo a PF, era utilizada como fachada para a lavagem de dinheiro.
Após avaliar os caixas do estabelecimento, a polícia comprovou que não havia movimentação financeira no local. A loja estaria no nome de um terceiro, utilizado como “laranja”, ligado à Xinxa.
Além do bloqueio de valores dos investigados, veículos de luxo também foram apreendidos. Segundo a Polícia Federal em Pernambuco, os valores somados dos carros chegam a ultrapassar os R$ 30 milhões.
“Xinxa da Cebola”
Segundo o delegado Márcio Tenório, que estava à frente das investigações, Xinxa Goes de Siqueira, conhecido como “Xinxa da Cebola” ou “Rei da Cebola”, é empresário do ramo de hortifruti, considerado um dos maiores fornecedores da hortaliças no Nordeste.
Paralelamente ao trabalho que realizava, ele liderava a organização criminosa que movimentava altos valores fora do padrão considerado para pessoas jurídicas e físicas.
De acordo com as autoridades, o suspeito ostenta um padrão de vida totalmente incompatível com sua renda e bens declarados, o que levantou suspeitas por parte da polícia.
Com mais de 270 mil seguidores apenas em uma rede social, Xinxa da Cebola frequentemente exibia registros de uma vida de luxo com fotos exibindo carros da marca Ferrari, imóveis luxuosos, barcos e até helicópteros.
As investigações também revelaram que o empresário se utilizava de sua posição como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) para emprestar e alugar as armas dele para conhecidos.
Além do empresário, os demais suspeitos envolvidos no esquema ilegal devem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, porte ilegal de arma de fogo e usura/agiotagem. Somadas, as penas podem ultrapassar os 30 anos de reclusão.
*Sob supervisão de Bruno Laforé