Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Waack: A luta constante estressa voluntários e comando

    E estamos ainda apenas na primeira fase de um evento desse tipo, que é sair do olho do furacão

    William Waack

    É válido comparar o que está acontecendo no Rio Grande do Sul com uma guerra, principalmente quando se consideram dois elementos fundamentais em qualquer exército combatente: o contingente e o comando. Nesses dois pontos, essa tragédia sem comparação demanda enormes cuidados.

    Começando pelo contingente que está trabalhando na linha de frente, calcula-se que uma grande proporção de pessoas ajudando são voluntários com uma enorme disposição, vontade e espírito de sacrifício. Muitos não comem direito, não descansam direito há dias, enquanto a chuva não para e os rios seguem subindo.

    O outro item que precisa ser olhado com cuidado é o comando. Principalmente as cidades pequenas estão muito aquém de conseguir dar as respostas para a crise humanitária, de abastecimento, de infraestrutura, de finanças, de saúde e de segurança pública.

    Especialistas alertam para o fato de que a questão, no momento, já não é mais saber quanto dinheiro vai ser liberado quando, mas como fazer chegar a ajuda certa na hora certa no lugar certo.

    As dificuldades não são culpa de um ou outro indivíduo ou político, não importa que cargo ocupem. É de uma estrutura governamental, burocrática e institucional que claramente não se adequa ao tamanho, urgência e gravidade da catástrofe.

    E estamos ainda apenas na primeira fase de um evento desse tipo, que é sair do olho do furacão. O que vem pela frente será mais difícil ainda.

    E não custa repetir: a luta dos gaúchos é de todos nós brasileiros.