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    Volta às aulas presenciais deve ser planejada para minimizar impactos, diz ONG

    Todos pela Educação alerta sobre riscos pedagógicos em retorno às escolas sem planejamento adequado

    Da CNN, em São Paulo

     

    A educação é uma das principais áreas afetadas pela pandemia do novo coronavírus, forçando milhões de estudantes a se afastarem das escolas durante o período de isolamento social.

    Pensando no futuro retorno desses alunos, a ONG Todos Pela Educação emitiu uma nota técnica reunindo os principais aprendizados de países e regiões que passaram por suspensão prolongada de aulas.

    Olavo Nogueira Filho, diretor de políticas educacionais da organização, disse em entrevista à CNN neste sábado (9) que é necessário planejar desde já a volta às aulas para que seja possível mitigar os provavéis danos pedagógicos aos alunos.

    “A pior alternativa, no cenário atual, é não fazer nada. Por isso, lançar mão de estratégias como o ensino remoto, que é o nome dado ao esforço emergencial, é tão importante. Não só do ponto de vista pedagógico, mas também por uma questão de manutenção de vínculo mínimo dos estudantes com as escolas”, explicou o especialista.

     

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    Segundo o estudo realizado pela ONG, países que já passaram por situação similiar de período prolongado sem aulas presenciais, seja por guerras ou emergências de saúde pública, necessitaram de atividades educacionais bem estruturadas para trazer rotina e normalidade às crianças e jovens estudantes, especialmente para os alunos mais vulneráveis.

    “Falar do volta às aulas agora é fundamental porque se na resposta à crise que se impôs o esforço foi emergencial, sem tempo adequado para planejamento, o retorno não precisa necessariamente ser assim. Podemos começar a pensar e planejar desde já essa volta às escolas”, pontuou Nogueira Filho.

    O especialista também indicou que os principais desafios educacionais do pós-pandemia não serão pontuais ou de curto prazo.

    “Crises como essa tendem a ter efeitos de médio a longo prazo, além disso desafios já existentes nas redes de ensino serão intensificados, como a saúde emocional de estudantes e professores, e o risco de evasão escolar, principalmente no ensino médio. Por isso será fundamental a educação recorrer a outras áreas, em especial à saúde e assistência social.”

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