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    Visitado por general, Colégio Militar de Brasília avalia volta gradual às aulas

    André Spigariol e Larissa Rodrigues Da CNN, em Brasília

    Após anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro a apoiadores na última terça-feira (21), o Colégio Militar de Brasília (CMB) avalia a retomada gradual das aulas. A escola foi visitada na quarta-feira (22) pelo general Carlos Machado, diretor de Educação Preparatória e Assistencial do Exército, que se reuniu com os gestores escolares para definir os procedimentos a serem adotados para o retorno às aulas. O assunto se encontra em estudo pelo Exército, segundo informou a instituição à CNN.

    Nesta quinta-feira (23), o militar – que se deslocou do Rio de Janeiro para Brasília para realizar reuniões no CMB – irá percorrer os espaços do Colégio e realizará vistorias, visitando diretorias e coordenações da instituição. Também hoje, alunos do Ensino Fundamental e Médio realizarão avaliações das disciplinas de química e história por meio de plataforma de ensino à distância. 

    No início da tarde de ontem, professores relataram à CNN que chegaram a ser comunicados por seus coordenadores de que o Colégio voltaria a receber alunos a partir de segunda-feira (27). No entanto, já na noite de ontem, docentes receberam a informação de que o retorno não acontecerá mais no início da próxima semana, mas que o colégio irá se preparar para isso. Assim, foram informados de que voltarão aos seus horários normais de expediente nos próximos dias. 

    O plano é que, a partir da decisão de reabrir a escola, a rotina letiva seja restabelecida aos poucos. Cada dia da semana será ocupado por apenas uma série no colégio, com aulas dadas em salões de provas, que são mais amplos e permitem o distanciamento entre os estudantes. Assim, os turnos da manhã seriam reservados às séries do Ensino Médio e os da tarde ficariam com os menores, do Ensino Fundamental. 

    “Uma das nossas dúvidas é se os espaços seriam desinfetados diariamente após os turnos. Seremos testados [para a Covid-19]?”, questiona um dirigente sindical do CMB vinculado ao Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE). “Eu até posso imaginar alunos do 3º ano compreendendo que não devem ter contato físico, mas que  conhece crianças de 10, 11, 12 anos sabe que eles brincam de empurrar, o contato físico é importante”, pondera. 

    À CNN, a assessoria de comunicação social do Exército disse que o assunto ainda se encontra em estudo e que todos os cuidados necessários para o retorno às aulas serão levantados pelo comando da força armada.

    Neste momento, professores ouvidos pela CNN acreditam que não será possível retomar o conteúdo programático do currículo escolar, já que muitos pais não liberarão seus filhos por conta da pandemia. As aulas, caso retomadas, ocorreriam na forma de plantão de dúvidas e revisões de assuntos já abordados anteriormente, segundo os docentes.

    Desde o fechamento do colégio por causa do coronavírus, professores foram instruídos a passarem conteúdo à distância (EaD), mas continuaram dando expediente presencial na instituição, mesmo sem alunos.

    Em nota à CNN, o Ministério da Defesa disse que a reabertura dos colégios das forças armadas ainda está sob avaliação.