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    Veneno foi colocado em doces para matar mãe e filho em Goiânia, mostra laudo

    Suspeita de ter envenenado as vítimas é ex-namorada do rapaz. Defesa diz que prisão de cliente foi ilegal e acredita que ela será libertada

    Leonardo Alves e Luzia Alves morreram envenados em Goiânia
    Leonardo Alves e Luzia Alves morreram envenados em Goiânia Reprodução/Instagram

    Catarina Nestlehnerda CNN*

    São Paulo

    A conclusão do laudo pericial confirmou a presença de veneno em doces que causaram a morte de um homem e sua mãe, em Goiânia. A substância colocada em bolos de pote também foi encontrada nos corpos das vítimas, afirmou a perícia.

    O composto (óxido inorgânico) foi determinado pela Polícia Científica, por meio da perícia criminal e médico legal, que, por meio do laboratório de análises toxicológicas, confirmou as mortes por envenenamento.

    O veneno foi encontrado em amostras biológicas, ou seja, nos corpos das vítimas. De acordo com a coordenadora do Instituto de Criminalística, Mayara Cardoso, esse é o elemento que comprova que essas pessoas estavam sob efeito desse composto naquele momento e estavam em processo de envenenamento.

    Ainda segundo a coordenadora, a substância é um óxido bem conhecido por sua toxicidade, pela sua alta letalidade e a sua dose tóxica é baixa, ou seja, pequenas quantidades dessa substância já são capazes de causar danos irreversíveis ao corpo.

    Além disso, a perícia afirmou que a matéria não era visível nos doces e não havia alteração de sabor nem de odor.

    A advogada Amanda Partata, suspeita de ter envenenado as vítimas, é ex-namorada do rapaz assassinado. A outra vítima, Luzia Tereza Alves, era ex-sogra de Amanda.

    O crime teria sido motivado por um “sentimento de rejeição” pelo fim do relacionamento com Leonardo Filho.

    A CNN entrou em contato com a defesa de Amanda Partata Mortoza, que ainda não recebeu formalmente o laudo da perícia. Os advogados Rodrigo Lustosa e Carlos Márcio Rissi Macedo reiteram que a prisão de sua cliente foi ilegal e que durante o processo ela será libertada.

    Relembre o caso

    Amanda Partata Mortoza, que foi presa na última quarta-feira (20) sob suspeita de ter envenenado Leonardo Pereira Alves (ex-sogro) e Luzia Tereza Alves (mãe do ex-sogro) teria levado doces para o café da manhã quando as vítimas foram envenenadas.

    A mãe e o filho foram internados com dores abdominais, vômitos e diarreia, e morreram ainda no domingo (17).

    De acordo com o delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, Leonardo Filho tem recebido ameaças já eram investigadas pela polícia, que concluiu que elas partiram de perfis falsos criados por Amanda.

    Ao ser presa, a advogada, que se apresentou nas redes sociais como psicóloga e terapeuta cognitiva, afirmou não ter “feito isso” e que “amava a família”.

    *Com supervisão de Marcos Rosendo