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    Velhice traz “complexidade dupla” para a comunidade LGBTQIA+, diz especialista

    À CNN Rádio, o presidente da ONG Eternamente Sou, Luis Baron, afirmou que a velhice não pode ser tratada como assexuada

    Amanda Garciada CNNLetícia BritoCarol Raciunas

    Em entrevista à CNN Rádio, no quadro CNN No Plural+, o presidente da ONG Eternamente Sou, Luis Baron, explicou quais são os desafios do envelhecimento para a comunidade LGBTQIA+.

    “Esse envelhecimento em si tem muitas tangências, que são comuns a todas as pessoas, mas dentro da comunidade tem a questão das identidades e orientações sexuais, que são bastante maltratadas ao longo da vida, que a sexualidade diverge da norma heterossexual”, disse.

    Na avaliação do especialista, existe, portanto, “uma complexidade dupla”, de “ter que lidar com as questões da velhice ao mesmo tempo em que lida com a sua própria sexualidade, já que a nossa cultura trata a velhice como assexuada.”

    A ONG Eternamente Sou trata desse assunto a fundo. “Ela surge da necessidade de tornar visíveis essas pessoas que ficam mais velhas, acima de 50 anos, e ‘desaparecem’ socialmente.”

    “Hoje, a gente tem atendimento jurídico, psicológico, distribuição de cestas básicas”, contou.

    Baron também acredita que as pessoas que hoje estão com 50, 60, 70 anos “vem de uma realidade complexa”: “Elas passaram por ditadura, surto de HIV, são pessoas cuja existência vem marcada por preconceitos e questões dolorosas.”

    Por esse motivo, “é muito diferente ser uma pessoa jovem hoje do que há 50 anos sendo LGBTQIA+.”

    Ele vê que, se de um lado os jovens de hoje encontram referências mais positivas sobre a homossexualidade, de outro a forma como a juventude lida com o tema é um exemplo para os mais velhos.

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