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    Vacina contra o novo coronavírus estará disponível até junho de 2021, diz Doria

    Governador de São Paulo diz que, comprovada a eficácia e segurança, Instituto Butantan fornecerá o medicamento de forma gratuita para o Sistema Único de Saúde

    Murillo Ferrari,

    da CNN, em São Paulo

    O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira (11) que a vacina contra o novo coronavírus, que será produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a gigante farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, estará disponível até junho de 2021.

    “A vacina do Instituto Butantan é das mais avançadas contra o coronavírus e os estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre de 2021, ou seja, até junho do próximo ano. E com essas vacinas nós podermos imunizar milhões de brasileiros”, disse Doria em entrevista no Palácio dos Bandeirantes – ele havia usado suas redes sociais, horas antes, para informar sobre a assinatura do acordo com a Sinovac.

    O governador destacou que, comprovada a eficácia e segurança da vacina, o Butantan terá o domínio da tecnologia do medicamento. “O maior benefício do acordo anunciado hoje, 11 de junho de 2020, é a transferência de tecnologia para produção nacional em larga escala”, disse.

    Neste sentiodo, serão realizados testes no Brasil com 9 mil voluntários já a partir de julho. “Dentro, portanto, de três semanas, 9 mil voluntários já estarão sendo testados aqui no Brasil”, disse Doria. O político tucano afirmou que a parceria com a Sinovac teve início em agosto de 2019, depois de uma viagem até a China e da abertura de um escritório comercial de São Paulo em Xangai.

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    Sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele disse ser preciso “superar desavenças com relação à China ou qualquer outro país e também com organismos de cooperação internacional, como a Organização Mundial da Saúde (OMS)”.

    “Dividir, brigar, separar não contribui para a ciência, para resultados. É melhor, somar compreender, dialogar, empreender para salvar. A politização do vírrus não salvou nenhuma vida, nem no Brasil, nem fora dele. Não resolveu nenhum problema, ao contrário, acentuou, piorou e vitimou”, disse.

    Recentemente, membros do governo federal criticaram o governo chinês em relação à pandemia de Covid-19. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, por exemplo, acusou Pequim de omitir informações e lucrar com a venda de equipamentos contra a doença.

    Além disso, Bolsonaro criticou a OMS e disse que, assim como seu colega Donald Trump, pode estudar retirar o país do organismo.

    O lado chinês na parceria

    Em nota divulgada na manhã desta quinta-feira, o laboratório Sinovac Biotech afirmou que a parceria com o Instituto Butantan é o primeiro de uma série de acordos que devem ser concluídos entre as partes para estabelecer uma ampla colaboração que inclui licenciamento de tecnologia, autorização de mercado e comercialização do Coronavac, o nome da vacina criada pelo laboratório.

    “Essa pandemia tem um impacto trágico em todo o mundo e esta aliança distinta com Sinovac para conduzir a última fase dos ensaios clínicos trará esperança de ter uma vacina a curto prazo. O Butantan espera apoiar não apenas o desenvolvimento clínico, mas também as atividades de comercialização e fabricação da Coronavac no Brasil”, afirmou Dimas Covas, na nota divulgada pelo laboratório chinês.

    O CEO da Sinovac, Weidong Yin, também elogiou a parceria e se disse orgulhoso de trabalhar com o Instituto Butantan. “A Sinovac poderá aumentar a velocidade sem precedentes do desenvolvimento do Coronavac sem comprometer nossos altos padrões e procedimentos de segurança”, disse.