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    Triângulo amoroso no litoral de SP: viúva ligou para celular da vítima após crime, diz polícia

    Segundo as investigações, ligação ocorreu quando a vítima estava “agonizante ou até em óbito”

    Julia FariasYasmin Oliveirada CNN* , em São Paulo

    A Polícia Civil informou ter descoberto que Rafaela Costa, suspeita de envolvimento na morte do comerciante Igor Peretto, 27 anos, fez uma ligação para o celular da vítima pouco de pois do crime. Ela era esposa dele.

    O crime ocorreu no fim de agosto em um apartamento em Praia Grande, litoral paulista, onde morava a irmã da vítima –também acusada de ser cúmplice no crime.

    Segundo a polícia, a duração da chamada foi de cinco minutos e 12 segundos no momento em que Igor já estava “agonizante ou até em óbito”. Um relatório complementar da corporação aponta que Rafaela teria apagado diversos dados do seu celular, inclusive a ligação dela atendida pelo telefone de Igor.

    A ligação aconteceu às 6h02 do dia 31 de agosto, sendo que Marcelly, irmã da vítima, e Mario Vitorino, cunhado de Igor, desceram do apartamento às 6h04. Mario é apontado como autor das facadas que mataram a vítima. Segundo as investigações, Rafaela, Marcelly e Mario tinham um triângulo amoroso.

    De acordo com a polícia, essa prova contradiz o alegado por Rafaela anteriormente, que afirmou que havia bloqueado o contato de Igor. “Rafaela temia por sua vida e possuía muito medo da vítima, então porque ligaria para o número deste?”, foi questionado pela polícia no relatório.

    Além disso, a polícia também encontrou ligações da viúva de Igor feitas para Mario, que “demonstram que o vínculo entre os três investigados estava cada vez mais forte e unido”, destaca a corporação.

    O que diz a defesa de Rafaela

    Em nota enviada à CNN, o advogado Marcelo Cruz informou que está analisando, tecnicamente, vários documentos que foram juntados nos autos, inclusive a ligação e cópias de um inquérito policial que foi anexado.

    O profissional que representa a defesa Rafaela Costa acrescentou, que “a prova com campo do direito penal deve ser analisada como um todo, jamais isoladamente, pois, caso contrário, pode ser interpretada equivocadamente.”

    O que diz a família da vítima

    A defesa da família de Igor ressaltou que conseguiu resgatar após a quebra de sigilo, fatos que demonstram que Rafaela escondeu tal fato quando foi ouvida, e confirma sua relação com os três no momento ou logo após o crime quando os dois ainda estavam no apartamento.

    Relembre o caso

    Igor foi morto a facadas dentro do apartamento da irmã dele, Marcelly Peretto. Além dela e da esposa da vítima, também é considerado como suspeito Mario Vitorino da Silva, marido de Marcelly e cunhado de Igor.

    Segundo as investigações, os suspeitos estiveram juntos no apartamento de Marcelly antes de Igor ser encontrado no local. Rafaela teria traído Igor com Mário e Igor havia descoberto a traição.

    De acordo com o inquérito civil do caso e a denúncia do Ministério Público, o crime foi planejado, uma vez que Mário, Rafaela e Marcelly consideraram Igor um empecilho para o “triângulo amoroso” entre os suspeitos.

    Rafaela, considerada a “pivô” do crime, teria se relacionado com a irmã de Igor antes do crime. Questionada, a defesa de Marcelly afirmou que a mulher relata que estava embriagada e foi beijada a força e acariciada por Rafaela.

    “Após o crime, os três tentaram ocultar as evidências e simular uma defesa, fugindo juntos do local. A brutalidade do crime gerou grande repercussão na sociedade, evidenciando a necessidade de medidas cautelares”, afirma o Ministério Público.


    * Sob supervisão 

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