Triângulo amoroso na Praia Grande: viúva e cunhado de vítima foram a motel após o crime, diz polícia
No local, Rafaela Costa e Mario Silva Neto teriam se limpado e trocado roupas sujas de sangue
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Às 4h32, Marcelly Peretto e Rafaela Costa chegam de carro ao prédio de Marcelly, irmã da vítima • Reprodução
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Marcelly e Rafaela –irmã e esposa da vítima– chegam ao prédio de Marcelly entram no prédio de Marcelly às 4h38 • Reprodução
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4h40: Marcelly e Rafaela se abraçam no elevador; imagem é de aproximadamente uma hora antes do homicídio • Reprodução
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Uma hora após ser flagrada abraçando a cunhada no elevador, Rafaela (mulher da vítima) sai do apartamento de Marcelly e entra no elevador • Reprodução
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Pouco mais de uma hora antes do crime, Rafaela deixa o prédio de Marcelly em direção ao seu carro • Reprodução
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Às 5h43, Mario e Igor (a vítima) chegam ao prédio de Marcelly (irmã de Igor e mulher de Mario) • Reprodução
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Cerca de 15 minutos antes do crime, Mario e Igor (a vítima, à direita) discutem no elevador • Reprodução
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6:04: Minutos após o crime, Mario e Marcelly acessam a garagem e vão até o carro dele • Reprodução
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Com outra roupa, Marcelly entra no carro de Mario logo após o crime contra o irmão dela • Reprodução
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Às 6h11, Mario e Marcelly chegam ao prédio de Mario • Reprodução
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Às 6h13, cerca de 25 minutos após o crime contra seu irmão, Marcelly abraça e encosta a cabeça no peito de Mario, que teria dado as facadas em Igor • Reprodução
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6h15: Mario e Marcelly saindo do elevador e indo em direção ao carro de Mario • Reprodução
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Por volta de 12h28 –cerca de 7 horas após o crime– Mario e Marcelly se hospedam em um motel em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo • Reprodução
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Suíte de motel onde Mario e Marcelly se hospedaram após o crime contra o irmão dela • Reprodução
Investigações policiais revelaram que, horas depois do crime que terminou na morte do comerciante Igor Peretto, 27 anos, a viúva da vítima foi a um motel com o homem apontado como autor das facadas contra seu ex-marido.
Rafaela Costa, 26, era mulher de Igor Peretto e, segundo a polícia, mantinha um triângulo amoroso com Mario Vitorino da Silva Neto, 23, e Marcelly Peretto, 21 –esposa de Mario e irmã do comerciante assassinado.
Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), Igor foi morto com 11 facadas, sendo sete na região do tórax, três na cabeça e no rosto e uma nas costas. O crime ocorreu no apartamento de Marcelly entre 5h45 e 6h05 do dia 31 de agosto.
Alguns minutos antes de Igor chegar ao local da emboscada, Rafaela é vista saindo do prédio de Marcelly. Logo após o crime, Mario e Marcelly também deixam o apartamento. Segundo as investigações, Rafaela teria ligado para o celular da vítima enquanto ele estaria “morto ou agonizando”.
Por volta de 8h45, Mario e Marcelly se encontram com Rafaela em um posto de combustíveis na rodovia Carvalho Pinto, em Caçapava –cidade no interior de São Paulo localizada a quase 200 quilômetros do local do crime.
De acordo com as investigações, Rafaela abandonou o automóvel dela em Caçapava e entrou no carro de Mario, onde Marcelly também estava.
Uma hora depois, os três suspeitos chegam na cidade de Campos do Jordão (a 245 quilômetros do local do crime e a 60 quilômetros de Caçapava). As investigações indicam que, de lá, Marcelly –irmã da vítima– teria pego um carro de aplicativo para voltar para Praia Grande.
Por volta de 12h28, Mario e a viúva se hospedaram em motel em Pindamonhangaba, também no interior paulista. No motel, os dois teriam se limpado e trocado roupas que estavam sujas de sangue. Eles permaneceram no estabelecimento durante três horas.
A viúva de Igor disse à polícia que, no local, Mario recebeu a visita do advogado dele, que teria entregue a ele uma quantia de R$ 3.000. O cunhado da vítima teria ficado com R$ 2.000 e entregue o restante para Rafaela conseguir voltar para o litoral paulista. Mario, por sua vez, alegou em depoimento que a quantia entregue a ele teria sido de aproximadamente R$ 10 mil.
Após saírem do motel, os dois abandonaram o veículo que utilizavam no centro de Pindamonhangaba e foram a destinos diferentes, antes de se entregarem à polícia.
Motivação do crime
Segundo o Ministério Público, o crime foi planejado porque Mario, Rafaela e Marcelly consideravam Igor um empecilho para o “triângulo amoroso” entre eles.
Rafaela, considerada a “pivô” do crime, teria se relacionado com a irmã de Igor antes do crime. Questionada, a defesa de Marcelly afirmou que a mulher relata que estava embriagada e foi beijada a força e acariciada pela viúva.
“Após o crime, os três tentaram ocultar as evidências e simular uma defesa, fugindo juntos do local. A brutalidade do crime gerou grande repercussão na sociedade, evidenciando a necessidade de medidas cautelares”, afirmou o MP.
O que dizem as defesas dos suspeitos
Em nota, a defesa de Mario afirmou que “a investigação se mostrou confusa ao apontar um viés econômico, ignorando inúmeras provas que indicam o crime de ímpeto” e reafirmou o compromisso com a “Justiça corretamente aplicada ao caso concreto”.
A defesa de Marcelly explicou que a irmã da vítima estava em sua casa, deitada na sua cama, quando Igor e Mario chegaram discutindo.
“Mario entrou direto no apartamento pois ainda tinha a senha. Igor, nervoso, chutou uma porta que tinha um espelho e o quebrou. Em seguida, Marcelly, nua, saiu da cama e foi para o cômodo ao lado vestir uma roupa. Ela narra que estava atordoada pois costumava beber.”
Como a discussão não parava, “após achar roupa e se vestir, voltou ao quarto e começou a gritar por socorro”. “[Ela] Viu Mário saindo de cima do seu irmão mas não presenciou facadas”, disse a defesa de Marcelly.
O advogado Marcelo Cruz, que representa Rafaela Costa da Silva, diz que “não há provas sólidas e concretas” que ela tenha envolvimento no caso.
*Sob supervisão