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    “Tornar escolas mais atrativas é desafio”, diz secretário do Rio sobre proibição de celular

    Uso de celular dentro e fora da sala de aula não é mais permitido

    Marien Ramosda CNN*

    Novas regras que proíbem o uso de celulares dentro e fora da sala de aula em escolas municipais do Rio de Janeiro devem ser estabelecidas pelas instituições até março deste ano.

    Renan Ferreirinha, secretário municipal de educação do Rio de Janeiro, afirma em entrevista à CNN, que a medida passa por “tornar as escolas mais atrativas”. “Esse é o grande desafio da educação brasileira”.

    O secretário explica que a medida aspira manter o aluno concentrado e focado na aprendizagem, fundamental na sala de aula, evitando a evasão escolar. Para ele, a tecnologia pode ser “pedagógica, uma parceira na educação”, sendo usada de forma consciente e responsável.

    Ferreirinha diz que “nosso objetivo com isso é conseguir com que a escola possa ser de fato de aprendizagem e convivência social”, pontuando que as crianças estavam se isolando nos seus dispositivos tecnológicos durante os recreios, sem brincar ou interagir.

    As novas regras são uma ampliação de proibição anterior decretada pela prefeitura do município que incidia somente na sala de aula, e agora se expande para outros momentos em todo o horário escolar nas instituições de ensino.

    Segundo o secretário, no começo de 2024, uma consulta pública foi aberta e “83% das pessoas manifestaram opinião favorável à proibição, inclusive no recreio e nos intervalos”.

    Essa ação que pode ser considerada por muitos como muito punitiva, mas tem como cenário uma distração constante e o aumento da ansiedade e depressão entre crianças pelo uso excessivo das telas.

    Ele afirma que “a conexão do aluno tem que ser com os amigos, com os professores, não com o celular”.

    As consequências para o não cumprimento da proibição é como qualquer outra situação comportamental na escola, onde o professor e diretor são autoridades, podendo até mesmo chamar os responsáveis se for um comportamento recorrente, explica Ferreirinha.

    Enquanto isso, prevê-se que outras atividades como estudos intensos e esportes sejam oferecidas aos estudantes, para não usar o celular como uma muleta.

    O secretário comenta que a medida tem sido efetuada gradualmente com muitas oficinas de conscientização e trocas com toda a sociedade, inclusive com os pais.

    *Sob supervisão de Ligia Tuon