Toda mulher merece tratamento imediato após diagnóstico de câncer de mama, diz fundadora do Instituto Protea
Criada por Gabriella Antici, ONG realiza jantar e leilão beneficentes para arrecadar fundos voltados a tratamento e diagnóstico precoce para mulheres de baixa renda
Neste Outubro Rosa — mês de conscientização sobre o câncer de mama —, o Instituto Protea realizou nesta quinta-feira (24) a terceira edição do seu jantar beneficente anual em São Paulo.
Principal Organização Não Governamental voltada ao câncer de mama no Brasil, o Protea foi criado em 2018 por Gabriella Antici. Executiva do mercado financeiro, Gabriella enfrentou o câncer de mama duas vezes e decidiu se dedicar a ajudar mulheres de baixa renda, sem acesso aos cuidados mínimos para tratar a doença.
Durante o jantar, realizado no espaço Estação São Paulo, em Pinheiros, zona Oeste da capital paulista, um leilão com obras de arte e joias foi realizado para arrecadar recursos e viabilizar os tratamento. Ao todo, 100% do valor angariado será revertido à fundação.
“Toda mulher merece poder tratar imediatamente quando ela é diagnosticada com câncer de mama e toda mulher merece ter um diagnóstico precoce rápido e não demorar 270 dias para ter seu diagnóstico completo e 260 para poder iniciar o tratamento, essa é a nossa realidade hoje, então isso tem que mudar e é por isso que a Protea existe”, afirmou à CNN Gabriella Antici, fundadora da Protea.
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A empresária e filantropa Amalia Spinardi recebeu uma homenagem durante o evento pelo seu apoio e atuação na área.
“É assustador saber que uma em cada oito mulheres terá câncer de mama no Brasil. Morrem por dia 50 mulheres no país de câncer de mama, então, é mais do que essencial e urgente o apoio a essa causa”, afirmou Amália.
A ONG já custeou mais de 80 mil sessões de quimioterapia e radioterapia, além de consultas e exames. Além disso, a Protea garantiu a mais de 1.800 mulheres acesso ao tratamento completo contra o câncer ao longo dos últimos 6 anos.
O Brasil registrou quase 74 mil novos casos de câncer de mama só em 2024, segundo o Instituto Nacional de Câncer. O câncer de mama é o segundo mais comum nas mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
Especialistas defendem mamografia anual a partir dos 40 anos ainda é a maneira mais eficaz de detectar o eventual surgimento da doença de maneira precoce.