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    Testemunhas dizem que homem causou tumulto antes de matar dono de bar de rock em SP

    CNN teve acesso aos depoimentos prestados à polícia civil sobre o crime

    Bruno Laforéda CNN

    Testemunhas ouvidas pela polícia civil de São Paulo relataram o que aconteceu nos instantes anteriores ao assassinato de Carlos “Nenê” Monteiro, de 58 anos, dono de um bar de rock em Mirandópolis, bairro da zona sul da capital. O suspeito foi preso após cometer o crime, na madrugada de domingo (16).

    De acordo com os depoimentos obtidos pela CNN, o suspeito, identificado como Diego de Almeida Pereira, apresentava comportamento estranho e chegou a importunar clientes e brigar com uma funcionária do estabelecimento. “Nenê” teria chegado a expulsar o homem do local antes do ocorrido.

    Diego foi contido por testemunhas até a chegada da polícia, quando foi preso em flagrante. A prisão foi convertida em preventiva durante audiência realizada ontem.

    Funcionária chegou a dar soco em suspeito

    Testemunha chave do ocorrido, uma funcionária do bar relatou à polícia que já conhecia o suspeito, pois ele costumava trabalhar em alguns eventos de rock. Segundo ela, ao conversar com Diego, percebeu que ele estava diferente, parecia raivoso e dizia que estava sendo enganado, mas sem deixar claro o motivo.

    Ainda de acordo com ela, o homem causou tumulto e perturbou o sossego de diversos clientes. Incomodados, alguns chegaram a ir embora do local. A funcionária narrou em depoimento que o dono do bar chegou a questionar Diego sobre o motivo pelo qual ele estava sendo rude com as pessoas.

    Irritada com a atitude do conhecido, a funcionária disse que chegou a dar um soco em Diego, que não revidou.

    Mais tarde, ela estava dentro do bar quando viu uma discussão entre o suspeito e “Nenê”. Em seguida, avistou o dono do bar caído ao chão.

    Vítima sabia que suspeito portava um faca

    Em outro depoimento, um amigo da vítima relatou que chegou ao bar pouco depois das 23h de sábado (15). Ele estava indo a outro bar próximo, mas avistou o amigo, dono do local, e resolveu parar.

    “Nenê” chegou a dizer ao amigo “acho que esse cara aí atrás está com uma faca”, se referindo ao suspeito. Quando ele exibiu a faca e ficou segurando o objeto perto de seu corpo, o dono do bar chegou a questioná-lo sobre o que faria com a faca.

    Instantes depois, o crime aconteceu. No depoimento dado a polícia, costa que “não teve briga alguma, que seu amigo foi morto covardemente, sem chance de defesa, pois o desconhecido munido com a faca, simplesmente golpeou seu colega no pescoço, que caiu na rua e novamente foi golpeado pelo autor na região das costas, momento em que um frequentador do bar conseguiu imobilizar o agressor e retirar a faca de suas mãos”.

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