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    Testemunha de defesa e vítimas são ouvidos no 4º dia de julgamento da boate Kiss

    O julgamento de quatro réus pelo crime de homicídio no incêndio da Boate Kiss em Santa Maria (RS), em janeiro de 2013, entrou neste sábado (4) no quarto dia no Tribunal do Júri de Porto Alegre

    da Agência Brasil

    O julgamento de quatro réus pelo crime de homicídio no incêndio da Boate Kiss em Santa Maria (RS), em janeiro de 2013, entrou neste sábado (4) no quarto dia no Tribunal do Júri de Porto Alegre.

    A tragédia, que matou 242 pessoas e deixou 636 feridas, começou no palco, onde se apresentava a banda Gurizada Fandangueira, e logo se alastrou, provocando muita fumaça tóxica. Um dos integrantes disparou um artefato pirotécnico, atingindo parte do teto do prédio, que pegou fogo.

    Depois de uma parada no fim da manhã, o julgamento foi retomado por volta das 15h para a continuidade do depoimento do produtor de eventos Alexandre Marques. Ele foi arrolado como testemunha pela defesa de um dos sócios da boate, Elissandro Spohr, conhecido como Kiko. Alexandre é dono de uma banda e já tinha sido convidado para se apresentar no local em outras oportunidades.

    O depoimento de Alexandre terminou por volta das 15h10 e, em seguida, começou a ser ouvido o sobrevivente do incêndio Maike Ariel dos Santos. O depoimento dele foi pedido pelo assistente de acusação.

    Além de Elissandro Callegaro Spohr, são réus no processo Mauro Londero Hoffmann, também ex-sócio; o vocalista da banda, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha Leão.

    Tragédia abalou o país

    A tragédia, que matou principalmente jovens, marcou a cidade de Santa Maria, conhecido polo universitário gaúcho, e abalou todo o país, pelo grande número de mortos e pelas imagens fortes.

    A boate tinha apenas uma porta de saída desobstruída. Bombeiros e populares tentavam, de todo jeito, abrir passagens quebrando os muros da casa, mas a demora no socorro acabou sendo trágica para os frequentadores.

    A maior parte acabou morrendo pela inalação de fumaça tóxica, do isolamento acústico do teto, formado por uma espuma inflamável, incompatível com as normas de segurança modernas, que obrigam a instalação de estruturas produzidas com materiais antichamas.

    Desde o incêndio, as famílias dos jovens mortos formaram uma associação e, todos os anos, no dia 27 de janeiro, relembram a tragédia, a maior do estado do Rio Grande do Sul e uma das maiores do Brasil.

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