Temporal no Rio: “Trabalho preventivo não se mostrou suficiente”, diz vice-governador
Tempestades deixaram 11 mortos e uma mulher desaparecida na região metropolitana do Rio de Janeiro
Em entrevista à CNN, nesta segunda-feira (15), o vice-governador do estado do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha, afirmou que os trabalhos preventivos feitos ao longo de 2023, de dragagem e desassoreamento de rios, não se mostraram suficientes.
A fala acontece um dia após 11 pessoas morrerem e uma pessoa estar desaparecida em decorrência do temporal que atingiu o Rio. O governador Cláudio Castro voltou às presas de uma viagem internacional após o ocorrido.
“Vamos investir cada vez mais em ações preventivas, mas não é só isso que da conta. É necessário também que as prefeituras façam o trabalho de microdrenagem, de limpeza urbana e manutenção de suas galerias”, afirma Pampolha.
O vice-governador ainda disse à CNN que todo verão acontece o mesmo, portanto, não é um evento imprevisível, mas acabou sendo uma chuva acima do esperado, foram 260 milímetros em 24 horas.
“Isso não pode ser desculpa para o que ocorreu, precisamos estar mais preparados. É uma obra muito grande e o estado sozinho não tem condições de suportar. É preciso investir mais, se planejar melhor e ter uma integração mais efetiva”, afirma.
Estado de emergência
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu, nesta segunda-feira (15), a situação de emergência na cidade do Rio de Janeiro devido aos danos causados pelas fortes chuvas. Dessa forma, a ajuda e a liberação de recursos federais poderá ser agilizada.
O vice-governador relata que houve diálogo com o governo federal desde o início. “Tivemos contato com vários ministros que foram solidários e se colocaram à disposição”.
“Ainda não foi necessário pedir nenhuma ajuda emergencial, estamos focados em pedir o apoio do governo federal para obras estruturantes. Nesse momento, por dificuldades financeiras, precisamos do auxílio do governo”, diz vice-governador.
“O histórico de sexta-feira até a data de hoje é de calamidade. Realmente foi muito caótico o que vimos e vivemos aqui em toda a região metropolitana do estado. Alguns municípios a situação se mostrou pior, como em Belford Roxo, São João de Meriti e alguns de distritos de Nova Iguaçu e Duque de Caxias”, relata Pampolha.