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    Tempestade no RS deixa ao menos quatro mortos e mais de 350 desalojados

    Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 21 cidades foram afetadas pelas fortes chuvas

    Ana CoelhoLéo Lopesda CNN , em São Paulo

    As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul entre a noite de domingo (3) e a madrugada desta segunda-feira (4) deixaram ao menos quatro mortos e mais de 350 pessoas desalojadas no estado.

    De acordo com levantamento feito pela CNN junto à Defesa Civil gaúcha, ao menos 21 cidades foram afetadas pela tempestade.

    As mortes foram registradas nos municípios de Mato Castelhano, Passo Fundo e Ibiraiaras.

    Em Mato Castelhano, uma pessoa morreu ao tentar atravessar uma área inundada pelo transbordamento de um rio, e foi levada pela correnteza.

    Em Passo Fundo, um homem morreu eletrocutado no bairro Cruzeiro. Cerca de 20 residências da cidade tiveram o telhado danificado pela chuva com granizo.

    Em Ibiraiaras, duas pessoas morreram após ficarem presas dentro de um veículo ao tentarem atravessar área de transbordamento de um rio e serem levadas pela correnteza.

    De acordo com a Defesa Civil, 353 pessoas ficaram desalojadas por conta das chuvas: em Nova Bassano (90), Cachoeira do Sul (1), Ibiraiaras (4), São Jorge (40), Protásio Alves (4), André da Rocha (8), Passo Fundo (131) e Casca (75). No total, foram aproximadamente 179 residências afetadas.

    Cidades afetadas pelas chuvas no RS

    • André da Rocha
    • Bento Gonçalves
    • Boa Vista das Missões
    • Cachoeira do Sul
    • Campestre da Serra
    • Carlos Barbosa
    • Casca
    • Caxias do Sul
    • Cruz Alta
    • Ibiraiaras
    • Lajeado do Bugre
    • Marau
    • Mato Castelhano
    • Nova Araçá
    • Nova Bassano
    • Panambi
    • Passo Fundo
    • Protásio Alves
    • Santa Maria
    • São Jorge
    • Sarandi

    Os conceitos de desabrigado e desalojado são diferentes. Desabrigado é aquele que perdeu a casa e está em um abrigo público. O desalojado teve de deixar sua casa –não necessariamente a perdeu– e não está em abrigos, mas sim na casa de um parente, amigo ou conhecido, por exemplo.

    Por conta das chuvas, Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), vinculado à Secretaria de Logística e Transportes, disse que o tráfego em rodovias do estado foi afetado.

    Entre as estradas com bloqueios parciais e totais estão a ERS-324, ERS-434, ERS-132, ERS-110, ERS-030, RSC-377, ERS-630 – os detalhes dos trechos afetados estão disponíveis aqui.

    “O Daer está monitorando a situação das rodovias para que o tráfego seja reestabelecido o mais breve possível, dentro das condições de segurança necessárias para os usuários”, informou o governo.

    Chuvas fortes causam mortes, estragos, enchente e deixa centenas de pessoas desabrigadas no Rio Grande do Sul. No bairro Entre-Rios, o rio Passo Fundo subiu deixando diversas casas embaixo d'água e pessoas e animais tendo que serem resgatados, na cidade de Passo Fundo, nesta segunda, 4 de setembro de 2023.
    Chuvas fortes causam mortes, estragos, enchente e deixa centenas de pessoas desabrigadas no Rio Grande do Sul. No bairro Entre-Rios, o rio Passo Fundo subiu deixando diversas casas embaixo d’água e pessoas e animais tendo que serem resgatados, na cidade de Passo Fundo, nesta segunda, 4 de setembro de 2023. / DIOGO ZANATTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

    RS deve ter trégua das chuvas na terça-feira

    Segundo boletim da Sala de Situação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) do Rio Grande do Sul, as instabilidades seguem nesta segunda-feira devido ao fluxo de umidade.

    “Nas áreas da metade Norte do Estado, continuam mais intensas com risco de temporais isolados, rajadas de vento, eventual queda de granizo”, afirmou a Sema.

    As chuvas devem dar uma trégua na terça-feira (5). O estado deve ter tempo estável com sol entre poucas nuvens, na terça, por conta de uma massa de ar seco.

    “Na metade Sul, as temperaturas máximas variam entre 13 ºC e 17 °C, enquanto na metade Norte variam entre 18 ºC e 21 ºC”, informou a Sema.

    “Ao longo da quarta-feira (6), a atuação de uma região de baixa pressão favorece novamente e as instabilidades sobre áreas da fronteira com a Argentina e a região da Campanha. A tendência é que as instabilidades sigam atuando na metade Sul e Missões ao longo da quinta-feira (7), com possibilidade de temporais pontuais, eventual queda de granizo, rajadas de vento e elevados acumulados de chuva”, completou.

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