TCU vê indício de fraude em licitação de testes rápidos no Distrito Federal
A decisão já está em vigor e será discutida pelo plenário do TCU na próxima semana
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Benjamin Zymler enviou medida cautelar para que o governo do Distrito Federal pare de repassar dinheiro à empresa Biomega Medicina Diagnóstica, vencedora de licitação com o governo do DF para a venda de 100 mil testes rápidos. A informação é da âncora Daniela Lima.
O tribunal apura indícios de pagamento indevido, suspeita de fraudes e de direcionamento da licitação vencida pela Biomega. Zymler reconhece que há sinais de fraude na concorrência de R$ 29 milhões.
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O TCU mandou que a Biomega e o governo do DF prestem esclarecimentos sobre o suposto direcionamento das licitações.
A decisão já está em vigor e será discutida pelo plenário do TCU na próxima semana. A investigação é desdobramento da Operação Falso Positivo.
Outro lado
Os advogados da Biomega enviaram uma nota sobre o caso para a CNN:
A Biomega participou de um processo licitatório com outras empresas e venceu pelo menor preço.
A empresa informa que é um laboratório de análises clínicas, e não uma distribuidora de testes. Também não vendeu kits para testagem, mas sim a prestação de serviços para análise e determinação de laudos de exames laboratoriais referentes à Covid-19.
Quanto aos insumos usados na prestação do serviço, esclarece que todos os testes utilizados nos serviços contratados pelo Governo do Distrito Federal têm aprovação da Anvisa.
A empresa está analisando a representação do MP e os documentos, que são muitos. Declara já ter constatado que há enormes distorções na acusação à Biomega, e que a empresa prepara sua defesa.
(Edição: Sinara Peixoto)