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    Suspeito de agressão motivada por homofobia é indiciado em Minas Gerais

    Agressões aconteceram dentro de um shopping no dia 27 de abril deste ano e foram flagradas por câmeras de segurança

    Daniela Mallmannda CNN , em Belo Horizonte

    Um homem de 32 anos foi indiciado pelos crimes de lesão corporal, ameaça e homofobia por ter agredido um rapaz de 24 anos dentro de um shopping em Contagem (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte.

    O crime ocorreu no dia 27 de abril deste ano. A vítima, um instrutor de academia de 24 anos, foi agredida pelo suspeito com socos e chutes. A ação foi flagrada por câmeras de segurança.

    Veja imagens da agressão:

    “As imagens do circuito interno e das câmeras corporais da segurança foram analisadas pela equipe de investigadores, e um exame de corpo de delito confirmou as lesões”, afirmou a delegada Mariana Schlemper, responsável pelo caso.

    Segundo as investigações, o suspeito teria agredido a vítima após afirmar que estava sendo “encarado” por ela. Já a vítima alegou que o ataque foi motivado por homofobia. Testemunhas ouvidas pela polícia reforçaram essa versão.

    “Ficou muito claro para nós da equipe de investigação, a partir das provas coletadas, o ódio e aversão com a qual o indiciado tratou a vítima em função de sua orientação sexual, chegando a ameaçá-la de morte caso o instrutor o olhasse novamente”, acrescentou a delegada.

    O escrivão Jouberth Maia Oliveira, também envolvido na investigação, destacou que a versão apresentada pelo suspeito durante interrogatório apresentou inconsistências.

    “Fiquei responsável por ouvir as testemunhas, o suspeito e a vítima. A investigação apontou que houve um ódio por parte do investigado contra a vítima por ela ser homossexual. Esse aspecto fez toda a diferença na investigação. O suspeito tentou justificar seu comportamento, mas suas alegações não se sustentaram diante das provas coletadas, que demonstraram claramente o caráter homofóbico do ataque”, disse.

    A delegada Mariana Schlemper enfatizou que “a investigação não é apenas sobre a agressão física, mas sobre a proteção da comunidade LGBTQIA+ e a afirmação de que atitudes homofóbicas não serão toleradas”. “Portanto, entendemos que ele oferece risco a essa comunidade e, portanto, deve ser acautelado”, concluiu.

    Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), a homofobia se enquadra na Lei de Racismo. Como na época não houve flagrante, o suspeito segue em liberdade, mas segundo a Policia Civil, o processo foi encaminhado à Justiça e a prisão preventiva dele já foi solicitada.

     

     

     

     

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