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    Suspeita de envenenar ex-sogro se apresentava como psicóloga, mas não tem registro profissional

    Amanda Partata se descreve como "psicóloga, terapeuta cognitivo comportamental, advogada aposentada, leitora, viajante e mãe" em perfil no Instagram

    Fábio MunhozSalma Freuada CNN , Em São Paulo

    Suspeita de matar o pai e a avó do ex-namorado em Goiânia no último domingo (17), Amanda Partata Mortoza se apresenta como psicóloga na internet. Entretanto, ela não tem registro profissional no Conselho Regional de Psicologia de Goiás. Ela já foi denunciada duas vezes por exercício ilegal da profissão.

    Segundo o CRP, da 9ª região, a mulher não tem registro profissional ativo como psicóloga no banco de dados do conselho. O órgão ressalta que “para o exercício legal da profissão de psicóloga(o), é indispensável o registro ativo junto ao conselho regional da região”.

    Em sua biografia no Instagram, ela se apresenta como “psicóloga, terapeuta cognitivo comportamental, advogada aposentada, leitora, viajante e mãe”.

    Perfil de Amanda Partata Mortoza em rede social / Reprodução/Instagram

    O conselho confirmou o recebimento de duas denúncias anônimas em desfavor de Amanda no dia 2 de fevereiro de 2022. Em nota, o órgão afirma que os “procedimentos tomados em relação às denúncias tramitam em sigilo”.

    O conselho “ressalta que, para o exercício legal da profissão de Psicóloga(o), é indispensável o registro ativo junto ao Conselho Regional da região”.

    Consulta ao site do Conselho Federal de Psicologia mostra que Amanda não tem registro no órgão
    Consulta ao site do Conselho Federal de Psicologia mostra que Amanda não tem registro no órgão / Reprodução

    Em seu perfil no Instagram, Amanda se diz “advogada aposentada”. Para essa profissão, Amanda é habilitada para atuar, segundo a Ordem dos Advogados do Brasil.

    Ela passou no XVIII Exame de Ordem Unificado, que foi realizado em 2016.

    Amanda Partata Mortoza era habilitada para atuar como advogada, diz OAB
    Amanda Partata Mortoza era habilitada para atuar como advogada, diz OAB / Reprodução

    A CNN tenta contato com a defesa de Amanda, mas ainda não obteve retorno.

    A prisão

    Amanda Partata foi presa na quarta-feira (20) pela Polícia Civil de Goiás. Ela é investigada por envenenar e matar Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86. O caso aconteceu no último domingo (17) e está sendo investigado pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH).

    O delegado que apura as mortes, Carlos Alfama, diz que o crime teria sido motivado por um “sentimento de rejeição” pelo fim do relacionamento com Leonardo Filho, filho e neto das vítimas. A relação dos dois durou cerca de 45 dias, e acabou em 10 de agosto. A polícia diz ainda que, uma semana após o fim do namoro, Amanda disse que estava grávida. O delegado, porém, afirmou que ela não está gestante.

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