Crime em família: encontro secreto no matagal planejou mortes por herança
Investigações apontam para um complô que envolvia o filho do casal, Walter Gonçalves, e seu cunhado, irmão da namorada de Walter, com o objetivo de obter vantagens financeiras em SC


A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) está investigando um homicídio qualificado, em Itajaí (SC), que envolve a morte do casal Susimara Gonçalves de Souza e Pedro Ramiro de Souza, em um plano arquitetado por um membro da família.
As investigações apontam para um complô que envolvia o filho do casal, Walter Gonçalves, e seu cunhado, irmão da namorada de Walter, com o objetivo de obter vantagens financeiras.
Segundo a polícia, Walter e o cunhado se encontravam secretamente em um matagal próximo à residência das vítimas, nas semanas que antecederam o crime. Testemunhas relataram ter visto os dois conversando em horários avançados, o que levantou suspeitas sobre o planejamento do crime.
Crime premeditado
Em depoimento para PCSC, Walter confessou ter planejado o crime por cerca de uma semana, detalhando que o plano inicial era matar apenas seu padrasto, Ramiro. Entenda como casal foi morto por filho e cunhado.
O plano era abordar o casal assim que chegassem em casa após um jantar, que era um hábito das vítimas. No depoimento de Walter, a vítima Susimara não era alvo do plano mortal, mas acabou sendo morta também devido a um imprevisto.
No dia do crime, os suspeitos emboscaram o casal ao chegarem em casa. Segundo o depoimento de Walter, ele abordou o padrasto e o cunhado abordou a mãe, usando um golpe mata-leão. Contudo, o laudo cadavérico contradiz essa versão, indicando que ambos morreram por obstrução das vias aéreas superiores.
A PCSC confirmou que após o crime, os suspeitos simularam um latrocínio, levando alianças, carteira e celulares. Walter foi preso em no dia 1 de dezembro de 2024.
Nessa quarta-feira (5), o cunhado foi preso preventivamente. Ambos foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado. O Ministério Público já fez a denúncia de Walter, enquanto a indiciamento do cunhado foi feito nessa quarta-feira.
Outro lado
Em nota, a advogada Flávia Adalgisa dos Santos Vaz, que faz a defesa do filho do casal assassinado, informou que ele está colaborando proativamente e segue comprometido em esclarecer os fatos de maneira transparente.