Homem que matou personal trainer é condenado a 26 anos de prisão no RS

Alexsandro Alves Gunsch foi condenado a 28 anos e 8 meses de prisão, na madrugada deste sábado (26), em Montenegro, no Vale do Caí, no Rio Grande do Sul. Em janeiro do ano passado, Alexsandro assassinou a ex-companheira Débora Michels Rodrigues da Silva e deixou o corpo na frente da casa dos pais dela, segundo o Ministério Público.
Alexsandro foi condenado por homicídio qualificado por feminicídio (cometido contra mulher em contexto de violência doméstica e familiar), motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A magistrada Débora de Souza Vissoni, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Montenegro, determinou a imediata execução da condenação imposta. Cabe recurso da decisão.
Desde o crime, ele está preso na Penitenciária de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O júri foi realizado no Salão do Júri do Foro de Montenegro, na sexta-feira (25), e durou 17 horas. O Conselho de Sentença foi formado por cinco mulheres e dois homens.
Em nota, o escritório de advocacia Vetoretti e Vares, que representa o condenado, afirmou que irá recorrer da decisão.
"A defesa postulará ao Tribunal de Justiça a anulação do julgamento, tendo em vista a existência de diversas nulidades que macularam a regularidade do júri. Dentre essas nulidades, destaca-se, com especial gravidade, a ausência de imparcialidade da magistrada que presidiu o julgamento, comprometendo a lisura e a imparcialidade que devem nortear o Tribunal do Júri. Todas as providências cabíveis serão adotadas para que o julgamento seja anulado e o réu possa ser submetido a novo júri, desta vez respeitando integralmente as garantias constitucionais e as normas legais", completa a nota.
Relembre o caso
Débora Michels Rodrigues da Silva foi encontrada morta em frente à casa dos pais dela, em Montenegro, no Vale do Caí, na madrugada de 26 de janeiro de 2024.
Ela estava em processo de mudança da casa do ex-companheiro, após a separação.
De acordo com a acusação, o motivo do crime teria sido a inconformidade do réu com a situação. A causa da morte foi asfixia mecânica.