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    Bolsonarista que matou petista vai a júri popular no Paraná

    Crime ocorreu em julho de 2022 durante a festa de aniversário da vítima

    Felipe Souzada CNN , em São Paulo

    O júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho foi programado para começar nesta terça-feira (11) em Curitiba (PR). Ele é réu pelo homicídio duplamente qualificado de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, em Foz do Iguaçu. O crime ocorreu em julho de 2022, durante uma festa de aniversário da vítima.

    Após três adiamentos, a Justiça atendeu a um pedido feito pela defesa do ex-policial e mudou o julgamento para a capital paranaense. A alegação atendida aponta que a realizar do julgamento em Foz do Iguaçu poderia afetar a parcialidade do júri.

    Desde setembro de 2024, Guaranho cumpre pena de prisão domiciliar, inicialmente em Curitiba e, depois, em Foz do Iguaçu.

    “Confiamos na imparcialidade do Poder Judiciário e esperamos que o julgamento transcorra de maneira justa, assegurando que a verdade real dos acontecimentos prevaleça. Seguiremos atuando com firmeza para que os direitos do nosso constituinte sejam plenamente observados”, afirmou Samir Assad, advogado do ex-policial.

    Júri

    O júri deve começar às 10h desta terça-feira (11), no Tribunal do Júri de Curitiba com a escolha dos jurados, podendo se estender até quinta-feira (13), segundo a Justiça.

    Os jurados são definidos da seguinte maneira: 25 pessoas são convocadas, bem como outros 55 suplentes. Delas, sete são escolhidas para compor o Conselho de Sentença.

    Na fase chamada de quesitação, os jurados são questionados se condenam ou absolvem os réus e votam em cédulas de papel. Com os votos contados e quatro votos iguais, o juiz encerra a votação e acompanha a decisão da maioria, sendo sim ou não.

    Com a deliberação do júri feita, o juiz pondera o tamanho da pena de acordo.

    Testemunhas de Guaranho:

    • Daniele Lima dos Santos, vigilante que estava próxima ao local do crime;
    • Alexandre José dos Santos;
    • Francielle Sales da Silva, esposa de Jorge Guaranho;
    • Marcelo Adriano Ferreira;
    • Márcio Jacob Muller Murback, amigo de Guaranho;

    Testemunhas de acusação:

    • Pâmela Suellen Silva, esposa de Marcelo Arruda
    • Leonardo Miranda Arruda, filho mais velho de Marcelo Arruda;
    • Daniele Lima dos Santos, vigilante que estava próxima ao local do crime;
    • Edemir Alexandre Riquelme Gonsalves, amigo de Marcelo Arruda;
    • Wolfgang Vaz Neitzel, amigo de Marcelo Arruda

    O crime

    O homicídio aconteceu durante a festa de aniversário de 50 anos de Arruda, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT), no salão de festas de um clube em Foz do Iguaçu.

    Na noite de 9 de julho de 2022, meses antes da eleição presidencial, o guarda municipal Marcelo Arruda teve a festa de aniversário invadida pelo agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho.

    Guaranho, que era bolsonarista, invadiu a festa e atirou contra Arruda após uma discussão política. Arruda foi morto a tiros e o autor foi preso em flagrante.

    “Além disso, é essencial esclarecer que nosso constituinte jamais teve qualquer motivação política no episódio”, afirmou o advogado de Guaranho ao apontar que o motivo do retorno ao local foi a cobrança de uma satisfação sobre uma agressão sofrida pela mulher dele.

    O caso de Marcelo Arruda ganhou repercussão nacional. O crime foi condenado por diversas entidades e autoridades políticas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com a família de Arruda e prestou solidariedade.

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