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    Veja quem são os policiais presos em operação da PF contra o PCC

    Fábio Baena, delegado da Polícia Civil de São Paulo, Eduardo Monteiro e Rogério de Almeida Felício: todos são citados em delação do empresário Vinicius Gritzbach, morto em novembro

    Carolina FigueiredoPedro Duranda CNN , em São Paulo

    A Polícia Federal prendeu, na manhã desta terça-feira (17), quatro policiais civis por suspeita de envolvimento com o PCC, maior facção criminosa do país.

    Entre os presos estão Fábio Baena, delegado da Polícia Civil, e Eduardo Monteiro. Rogério de Almeira Felício é considerado foragido. Todos eles figuram entre os delatados por Vinicius Gritzbach, empresário ligado ao Primeiro Comando da Capital, que foi morto no dia 8 de novembro no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

    Outros dois policiais civis, que também são alvo de pedidos de prisão na operação, ainda não foram identificados.

    A CNN tenta contato com a defesa de todos os envolvidos. Em nota, a defesa de Fábio Baena e Eduardo Monteiro diz estar “indignada” com as prisões, ressaltando que “não possuem necessidade, idoneidade e se constitui em arbitrariedade flagrante.”

    Nota – Defesa de Fábio Baena e Eduardo Monteiro

    A defesa constituída do Delegado de polícia Dr. Fábio Baena Martin e do investigador Eduardo Monteiro, INDIGNADA, esclarece que a prisão hoje cumprida não possui necessidade, idoneidade e se constitui em arbitrariedade flagrante.

    Inadmissível no Brasil se banalizar o direito à liberdade, decretando-se prisão midiática, sem contemporaneidade, e o mais grave, por fatos que já foram investigados e ARQUIVADOS pela Justiça, por recomendação do próprio Ministério Público. A palavra pueril de um mitômano, sem qualquer elemento novo de prova, não poderia jamais motivar medida tão excepcional, afrontando o status dignitatis e libertatis dos nossos constituídos.

    Esclareça-se também que ambos compareceram espontaneamente para serem ouvidos e jamais causaram qualquer embaraço às repetidas investigações.

    Ademais, a defesa denuncia o gravíssimo fato que não se deu o Direito e oportunidade ao Delegado Baena contactar seus advogados avisando de sua prisão e do cumprimento do mandado de busca, o que somente reforça a ilegalidade denunciada. A defesa está tomando todas as medidas para fazer cessar, imediatamente, a coação espúria constatada.

    Veja imagens do caso Gritzbach, empresário do PCC morto em aeroporto

    Policiais envolvidos com o PCC

    Uma operação busca prender cinco policiais civis de São Paulo suspeitos de atuar para o Primeiro Comando da Capital (PCC), na manhã desta terça-feira (17).

    A CNN apurou que os alvos são um delegado e quatro policiais civis. A operação Tacitus é realizada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil de SP.

    A ação partiu do cruzamento de diversas investigações sobre o PCC, inclusive o assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, executado no Aeroporto de Guarulhos no último dia 8 de novembro.

    Segundo apuração do analista da CNN Pedro Duran, o delegado Fábio Baena e três policiais civis já foram presos na operação de hoje. Baena foi citado por Gritzbach na delação premiada do empresário para o Ministério Público.

    A polícia investiga os crimes de manipulação e vazamento de investigações policiais, venda de proteção a criminosos e corrupção dos agentes para beneficiar esquema de lavagem de dinheiro da facção criminosa.

    A investigação iniciou a partir de análise de provas obtidas em diversas investigações policiais que envolveram movimentações financeiras, colaboração premiada e depoimentos.

    A apuração revelou o modo complexo que os investigados se estruturaram para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa.

    Nesta terça, 130 policiais federais e agentes da Corregedoria cumprem oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bragança, Igaratá e Ubatuba.

    Os suspeitos podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais. As penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão.

    *Em atualização

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