Qual a espécie de piranha que atacou banhistas em SP; entenda
Segundo o biólogo Fernando Magnani, o peixe pode ter surgido devido às recentes alterações ambientais que ocorreram na região da represa do Broa


Seis pessoas foram atacadas por piranhas na represa do Broa, no município de Itirapina, a cerca de 79 quilômetros de Piracicaba, interior de São Paulo, no último final de semana. A prefeitura da cidade ressaltou que está tomando as devidas providências para evitar novos ataques.
De acordo com o órgão, sobre as vítimas, que eram todas turistas, dois receberam socorro da Defesa Civil e foram encaminhados para o Hospital São José, enquanto os outros foram socorridos por meios próprios.
A prefeitura anunciou que sinalizará as áreas restritas, garantindo assim, que os visitantes sejam informados e possam desfrutar da natureza com segurança.
Segundo o biólogo Fernando Magnani, é possível que o peixe que tenha ocasionado esses ataques seja da mesma espécie que pescadores da região estavam capturando na represa, no caso a Serrasalmus maculatus, que de acordo com o especialista, é uma piranha que aparece em boa parte do Brasil e em várias bacias hidrográficas, mas não é natural das regiões de São Carlos, Itirapina, Brotas, sendo uma espécie que se está instalada, é invasora nativa.
O especialista explica que a espécie pode ter surgido devido às recentes alterações ambientais que ocorreram na região da represa, como, por exemplo, alteração através da introdução de espécies exóticas, como a tucunaré, conhecida popularmente como tilápia.
“Esses peixes tendem a ser mais prolíficos, reproduzirem com mais rapidez e ocupam mais o ambiente”, ressaltou o biólogo.
Ainda de acordo com Fernando, esse tipo de situação muitas vezes acontece pelo fato do banhista, que de forma inadvertida acaba entrando na região onde o animal está nidificando, ou seja, construindo um ninho, no local onde ele tomou como território e o tipo de mordedura é uma característica de defesa.
“Então é o do tipo sai daqui que esse território é meu. Agora, com as precauções que a prefeitura de Itirapina está tomando e com a saída da época reprodutiva, é bem provável que esses acidentes ou se tornem muito raros ou deixem de acontecer”, complementou Magnani.
*Sob supervisão