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    “Impossível ir contra a natureza”, diz Nunes sobre enchente no Jd. Pantanal

    Prefeito de São Paulo quer tirar moradores e estuda ajuda financeira, que vai de R$ 20 mil a R$ 50 mil

    Guilherme Gamada CNN , São Paulo

    Em coletiva de imprensa, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que obras de drenagem e contenção da água de extravasamento do rio Tietê que alagam o bairro Jardim Pantanal, na zona Leste da capital, não são uma opção viável.  

    “É impossível ir contra a natureza e querer conter o rio Tietê, a onde as pessoas entraram no local de várzea”, disse o prefeito nesta segunda-feira (3).  

    Desde as fortes chuvas que atingiram São Paulo na última sexta-feira (31), o bairro está debaixo d´água. Há cerca de três décadas os moradores na região sofrem com as enchentes.  

    Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a prefeitura avaliou a construção de um dique para contornar o rio Tietê e evitar os alagamentos. A obra estimada em R$ 1 bilhão não está nos planos do órgão.  

    O plano é remover as pessoas da região a longo prazo. O prefeito ainda cogita “uma ajuda financeira, que vai de R$ 20 mil a R$ 50 mil, dependendo da casa, para as pessoas saírem”.  

    “As pessoas entraram num local de várzea, onde quando sobe o nível da água por conta das chuvas, a água não tem para onde ir. E ela vai pra dentro da casa das pessoas”, disse Nunes.  

    De forma emergencial, no último sábado (1º), a prefeitura de São Paulo destinou 3 mil agentes, entre os de limpeza, zeladoria, assistência social e trânsito para a região, além de 145 equipes de limpeza e cerca de 300 veículos de zeladoria.  

    Prefeitura ainda disse que distribuiu mais de 800 cestas básicas, 1.730 copos de água e cerca de 900 marmitas da Rede Cozinha Escola. No período da manhã de sábado (1º), foram entregues 130 Cartões Emergenciais, com carga de R$ 1.000 cada.

    Fotos: Após chuvas, ruas ficam debaixo d’água na zona leste de São Paulo

    Prefeitura multa invasores que aterraram várzea do rio Tietê

    A prefeitura de São Paulo multou em R$ 700 mil os responsáveis por aterrar uma área pública no Jardim Pantanal, na Zona Leste, às margens do Rio Tietê. Uma multa mais alta é de 660 mil, aplicada por atividade ilegal em Área de Proteção Permanente – espaço verde protegido por lei com o objetivo preservar recursos naturais.

    Outra multa, por armazenamento de combustível indevido e clandestino, foi no valor de R$ 100 mil. A demolição do muro e do escritório construídos irregularmente na área foi agendado para quinta-feira (6).

    O órgão afirma que o rio havia sido coberto por caminhões de terra, o que contribuiu para o alagamento de ruas do bairro.

    Chuva em São Paulo

    Até a noite deste domingo (2), a cidade de São Paulo recebeu 161 milímetros (mm) de chuva apenas em fevereiro. O acumulado corresponde a cerca de 65% do total de chuva esperada para todo o mês (246 mm), de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) e a Defesa Civil do Estado de São Paulo.

    Toda a capital paulista esteve em estado de atenção para alagamentos na noite deste domingo (2). Bairros na zona Oeste da cidade ainda registraram nível de alerta, segundo o CGE. Na data, 13 pontos de alagamento foram contabilizados.

    No sábado (1º), um idoso morreu após ficar preso dentro do seu veículo durante uma enchente que atingiu a região da Vila Prudente, na zona leste de São Paulo.

    A morte é a 18ª registrada no período chuvoso do estado, que começou em 1º de dezembro, de acordo com a Defesa Civil.