Guarujá reforça atendimento médico após surto de virose e fila de espera de 4 horas
Sabesp ainda não se posicionou sobre a possibilidade de vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da Enseada
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No litoral de São Paulo, a virada do ano ficou marcada pelo “surto de virose” que acometeu algumas cidades. O Guarujá, um dos pontos mais visitados pelos turistas, foi um dos locais mais afetados pela doença, com a realização de mais de 2.000 atendimentos por viroses em dezembro, segundo a prefeitura.
Em nota divulgada à CNN, a Secretaria Municipal de Saúde de Guarujá relata que a UPA Enseada e o PAM Rodoviária, unidades mais movimentadas, tiveram aumento de infraestrutura para que os pacientes possam receber o soro intravenoso, medida que auxilia na melhora da virose. Além disso, informa que as unidades contam desde sexta-feira (3) com o reforço de mais um médico e um enfermeiro.
Com os reforços no atendimento, o órgão informa que o tempo de espera por atendimento nas unidades foi reduzido. Na PAM Rodoviária, o aguardo para ser atendido, que na sexta-feira (3) chegou a 2 horas e 40 minutos, diminuiu pela metade no sábado (4). Já na UPA Enseada, que também recebe boa parte dos turistas que visitam o Guarujá, o tempo caiu de 4 horas para 2 horas e 20 minutos.
Como mais uma medida de combate ao “surto”, outras unidades, como a de Saúde da Família dos bairros Jd. dos Pássaros, Vila Rã e Cidade Atlântica, agora estão abertas até as 22 horas sem a necessidade de agendamento de consultas.
Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Guarujá, a prefeitura notificou a Sabesp sobre a possibilidade de vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da Enseada, que podem ser a causa do aumento dos casos de virose na cidade, mas não obteve resposta até o momento.
Quem se posicionou foi o coordenador da Vigilância Sanitária de Guarujá, Marco Chacon, ao lembrar que para prevenir a contaminação é necessário lavar sempre as mãos e os alimentos, não consumir produtos, principalmente gelo, de origem não comprovada ou que estiverem expostos ao sol, evitar aglomerações e dar preferência a ambientes arejados.
“Para diminuir os sintomas é preciso ficar em repouso, beber muita água ou isotônicos, evitar leite e derivados, café, refrigerantes, alimentos gordurosos, grãos e alimentos crus. Além, é claro, de procurar atendimento médico caso os sintomas persistam por mais de 12 horas”, afirma Chacon.