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    Chimpanzé resgatado do narcotráfico na Colômbia chega a santuário no Brasil

    Yoko vai passar por um período de quarentena, depois será submetido a um processo de habilitação para aprender a conviver com outros primatas

    Letícia Taglialegnada CNN

    O chimpanzé resgatado do narcotráfico da Colômbia chegou nesta segunda-feira (24) ao Santuário dos Grandes Primatas de Sorocaba, no interior de São Paulo.

    Yoko, o chimpanzé de 38 anos, vivia sob os cuidados de especialistas desde 2018, após ser resgatado de um circo na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela. Quando filhote, Yoko foi comprado no mercado ilegal por um traficante de drogas e foi treinado para imitar ações humanas.

    O primata aprendeu a andar de bicicleta, desenhar, ficou viciado em assistir televisão, vivia vestido e até fumava.

    Ele foi transferido do Bioparque Ukumari, na cidade de pereira, na colômbia, para a capital Bogotá. O primata foi levado de avião no aeroporto de Viracopos, em São Paulo, e continuou a viagem para o Santuário de Grandes Primatas de Sorocaba, no interior do estado.

    Yoko era o último grande primata em cativeiro vivendo na Colômbia. Os últimos companheiros dele, os chimpanzés Pancho e Chita foram baleados e mortos por autoridades depois de fugirem do Bioparque Ukumari.

    A comoção causada pelas duas mortes fez com que entidades nacionais e internacionais se mobilizassem para transferir o chimpanzé para o santuário no Brasil.

    Agora, Yoko vai passar por um período de quarentena e será monitorado regularmente para identificar sinais de doenças contagiosas. Depois, passará por um processo de habilitação para aprender a conviver com outros chimpanzés.

    O Santuário de Grandes Primatas de Sorocaba é o maior da América Latina e abriga mais de 40 chimpanzés. A maior parte deles carrega traumas físicos ou psicológicos causados por seres humanos.

    “Chimpanzés têm uma resiliência e capacidade de adaptação inacreditáveis. A gente está dando uma oportunidade para ele que todo animal social precisa ter: a  oportunidade de conviver com outro da mesma espécie”, disse a veterinária do Santuário dos Primatas de Sorocaba, Juliana Kihara.

    As organizações de defesa dos direitos dos animais que trabalharam no caso de Yoko agora se preparam para ratificar uma lei que proibirá a entrada de grandes primatas e outros animais exóticos na Colômbia.

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