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    Caso Vitória: Justiça nega prisão de Daniel, investigado por morte da jovem

    Juíza não vê necessidade para prisão temporária, mas concede mandados de busca e apreensão

    Da CNN , em São Paulo

    A Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão temporária de Daniel Lucas Pereira, investigado pela morte de Vitória Regina, de 17 anos, na cidade de Cajamar, região metropolitana de São Paulo.

    A negativa para a prisão foi dada na mesma decisão que mandou prender Maicol dos Santos, primeiro suspeito preso por possível envolvimento no desaparecimento e morte da jovem.

    Segundo a juíza, até o momento, a única conexão de Daniel com o caso Vitória é o fato dele ter fotografado o veículo de Maicol, já registrado por câmeras de segurança no mesmo local onde Vitória desapareceu, e levado para a família da jovem.

    Apesar de negar a prisão, a Justiça concedeu mandados de busca e apreensão nas residências de Maicol e Daniel. A decisão autoriza, inclusive, arrombamento de portas e demais entradas, caso os policiais da equipe de investigação encontrei barreiras para cumprir as determinações da juíza.

    Preso por contradição

    O depoimento da esposa levou à prisão de Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos, por suspeita de participação na morte da jovem Vitória Regina, 17, em Cajamar, região metropolitana de São Paulo.

    A informação consta no mandado de prisão contra Maicol, expedido pela Justiça de São Paulo na tarde deste sábado (8). A decisão se baseia em um pedido realizado pela polícia.

    Conforme o pedido, durante depoimento, Maicol entrou em contradição. Ele afirmou estar em casa com a esposa na noite do dia 26 de fevereiro, quando Vitória desapareceu. Porém, também em conversa com os policiais da investigação, a esposa do suspeito desmentiu e negou estar com Maicol. Ela relatou estar na casa da mãe e só foi encontrar com o marido no dia seguinte.

    Além disso, ao menos dois vizinhos da casa onde ele mora relataram aos investigadores movimentações estranhas no dia do crime. O automóvel, um Toyota Corolla, que ficava todos os dias do lado de fora, não estava lá na noite em que tudo aconteceu.

    Maicol disse que o automóvel ficou dentro da garagem, mas a versão não convenceu os investigadores. A prisão dele foi solicitada à justiça, que entendeu que existem elementos suficientes para que ele seja preso temporariamente por pelo menos 30 dias.

    Indícios de envolvimento

    Na decisão, a juíza Juliana Diniz Junqueira, afirma existir “fortíssimos indícios de envolvimento” de Maicol com o crime. “Não há um único caminho investigativo que não aponte o envolvimento de Maicol com os fatos investigados”, disse. Segundo a magistrada, a contradição no depoimento sugere uma tentativa de obstruir a investigação.

    A juíza afirmou, também, ser possível que o suspeito influencie outros depoimentos e comprometa o trabalho da polícia, fato que resultou no acolhimento do pedido de prisão temporária.

    Os policiais também representaram pela prisão temporária de Daniel Lucas Pereira, no entanto, na decisão, a juíza negou o pedido. De acordo com ela, a única conexão de Daniel com o caso já foi, provisoriamente, esclarecida.

    A magistrada ainda destacou que, até o momento, ele colaborou com a investigação. “Sendo praticada qualquer conduta cujo propósito seja obstruir ou dificultar as investigações, a medida poderá ser renovada e eventualmente deferida”, diz a decisão.

    Veja imagens do velório de Vitória

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