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    Atendimentos e internações de crianças e adolescentes por ansiedade mais que quintuplicaram em SP

    De 2015 até o ano passado, casos de depressão mais que dobrarem entre menores, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de São Paulo

    Guilherme Gamada CNN , São Paulo

    De janeiro a setembro, quase 14 mil crianças e adolescentes passaram por procedimentos clínicos ambulatoriais ou foram internadas por ansiedade em São Paulo — número que tem crescido nos últimos anos.  

    O registro de menores de 17 anos atendidos ou internados por ansiedade cresceu 465,6%, ou seja, mais que quintuplicou, de 2015 para 2023, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de São Paulo. Em oito anos, o número saltou de 2.607 para 14.748 no ano passado; recorde de registros 

    Os casos de depressão também aumentaram nos últimos anos entre essa faixa etária, de acordo com a pasta. Os procedimentos clínicos ambulatoriais e as internações das crianças e adolescentes relacionadas à doença mais que dobraram em oito anos. O ano de 2023 (4.903) ocupa a segunda posição entre os demais anos, atrás apenas de 2015 (5.762). 

    Os especialistas entendem que pandemia da covid-19 foi o principal fator para o aumento dos casos entre as crianças. “Esses fatores podem ter se intensificado, tornando ainda mais urgente o apoio psicológico, o acompanhamento dos pais e a atuação dos profissionais da saúde. É crucial que os jovens busquem ajuda o mais rápido possível e que todos os envolvidos estejam mais atentos aos sinais de sofrimento emocional”, diz Ana Carolina Pegoraro Martins, Psiquiatra e Assistente Técnica da Secretaria Estadual de São Paulo (Saúde Mental).

    Até setembro desse ano, a secretaria contabilizou 3.125 casos de depressão. Ao longo dos anos analisados pela pasta, foram 5.748 registros de internação de crianças e adolescentes por depressão ou ansiedade.

    Em nota, a SES diz que a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) para a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) é pela Atenção Básica, por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), administradas pelos municípios e fortalecidos pela SES, por meio de cursos, palestras, eventos, apoio técnico em programas, projetos e ações.  

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