Vídeo: Ameaçada de extinção, ‘raia-borboleta’ é filmada no Arpoador (RJ)
Registro foi feito por pesquisadores do Instituto Mar Urbano; espécie raramente é vista na superfície


Quatro ‘raias-borboleta’, espécie criticamente ameaçada de extinção, foram filmadas na Praia do Arpoador, em Ipanema, na zona sul do Rio. O registro, feito por pesquisadores do Instituto Mar Urbano na última segunda-feira (24) é considerado raro, já que esses animais costumam permanecer próximos ao fundo do mar e dificilmente são vistos na superfície.
“Essa espécie costuma permanecer associada ao fundo, o que dificulta sua observação durante monitoramentos aéreos. O fato de termos conseguido capturar esse momento raro evidencia o potencial das novas tecnologias, como os drones, no estudo da fauna marinha”, explica a equipe do Instituto Mar Urbano.
Veja o momento:
A raia-borboleta pode chegar a 2,5 metros de largura e é facilmente reconhecida pelo corpo achatado em formato de losango e pela ampla envergadura das nadadeiras. A espécie faz parte da biodiversidade marinha do Rio de Janeiro, que abriga 39 tipos diferentes de raias.
Desde 2017, o Instituto Mar Urbano monitora constantemente raias e tubarões na costa carioca, utilizando drones para coletar dados sobre a presença e o comportamento desses animais.
“A aparição de espécies ameaçadas é um ótimo sinal. Isso pode estar associado à melhora das condições da água e à redução de impactos, como a pesca de arrasto, que causa grande impacto no ecossistema”, avalia o pesquisador do Instituto Mar Urbano, Nathan Lagares.
Tubarão raro é filmado em Ipanema
No último domingo (23), um tubarão raro foi filmado na orla do Rio de Janeiro. O animal, da espécie mako, que está ameaçada, foi visto entre a Praia de Ipanema e as Ilhas Cagarras.
O avistamento foi feito por uma equipe de mergulhadores da Macau Dive/Instituto Mar Urbano. O tubarão é conhecido por ser um dos nadadores mais rápidos dos oceanos, podendo atingir velocidades de até 70 km/h.
Segundo especialistas, a presença desse predador de topo de cadeia nas águas cariocas reforça seu papel essencial para o equilíbrio do ecossistema marinho. Apesar da imagem imponente, o risco de incidentes com humanos é extremamente baixo. No Rio de Janeiro, interações fatais são ainda mais raras, com apenas sete registros desde 1931 até hoje.