Jovem baleada pela PRF no RJ não deverá ter sequelas; “milagre”, diz médico
Juliana Rangel, de 26 anos, deixou o Centro de Terapia Intensiva (CTI) no último sábado (24) e já consegue falar
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Após ser baleada durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, Juliana Rangel, de 26 anos, apresentou uma melhora significativa e não deve ter sequelas, segundo médicos do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
A jovem, que passou 30 dias internada em estado gravíssimo, recebeu alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI) no último sábado (26) e está em processo de reabilitação na enfermaria.
De acordo com o chefe da neurocirurgia do hospital, Vinícius Mansur Zogbi, Juliana chegou ao hospital em estado crítico. “A lesão causou uma fratura do tipo explosão no crânio, com fragmentos ósseos próximos a uma veia crucial. Apesar da gravidade, ela foi rapidamente encaminhada para cirurgia, onde conseguimos drenar o hematoma e estabilizar o quadro.”
Para a equipe médica, o fato de a lesão ter ocorrido próxima a uma área “nobre” do crânio, responsável por funções vitais como respiração e batimentos cardíacos, e de não haver sequelas neurológicas, torna a recuperação de Juliana um verdadeiro “milagre”.
“Um centímetro mais para o lado, provavelmente ela não estaria viva. Ela teve sorte de chegar em um hospital com condições de ser tratada imediatamente e, para quem acredita em milagres, com certeza ela é um exemplo”, avaliou Zogbi.
A equipe médica destacou outros fatores que contribuíram para a recuperação, como o empenho da equipe multidisciplinar, os equipamentos do hospital e o rápido resgate.
Durante a internação, Juliana enfrentou complicações, incluindo a necessidade de ventilação mecânica prolongada. No entanto, ela já respira sem a ajuda de aparelhos e iniciou o processo de reabilitação.
“Ela está se alimentando por sonda, e estamos trabalhando para reabilitá-la a comer normalmente”, explicou o diretor do hospital, Thiago Resende, que também mencionou outros avanços gradativos, como a recuperação da mobilidade e da fala.
Juliana está lúcida, interage bem e já recuperou a memória recente, o que indica que não terá danos cerebrais permanentes. Em um vídeo enviado à imprensa, Juliana e sua mãe agradeceram pelas orações e elogiaram os profissionais do hospital.
Veja abaixo:
A jovem permanece sob cuidados na enfermaria, mas os médicos acreditam que sua alta hospitalar poderá ocorrer em semanas, dependendo da evolução de seu quadro clínico.