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    Subtenente da PM suspeito de envolvimento no assassinato da policial Vaneza Lobão é solto no RJ

    Policial se apresentou na Delegacia de Homicídios na manhã desta quinta (8); ele explicou o porquê das buscas no sistema sobre a cabo assassinada

    Rafael Villarroelda CNN*

    O subtenente da Polícia Militar Wilson Sander Lima dos Santos, de 50 anos, foi solto na manhã desta quinta-feira (8).

    Ele, que foi preso na última quarta-feira (7), é suspeito de envolvimento no assassinato da cabo da PM Vaneza Lobão, em novembro do ano passado.

    A decisão é da 2ª Vara Criminal, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

    Wilson foi preso junto do também subtenente Leonardo Vinício Affonso, que segue preso.

    Os dois agentes da PM foram presos pela Delegacia de Homicídios (DH) e pela Corregedoria da Polícia Militar por suposto envolvimento no crime. A prisão e a apreensão de documentos dos subtenentes foram pedidos pela DH.

    Em nota à CNN, a Polícia Civil informou que o subtenente Wilson tinha sido apontado como suspeito de pesquisar e monitorar o carro de Vaneza, mas “explicou e comprovou que esta era parte de seu trabalho, uma vez que o veículo costumava ficar estacionado no batalhão em que o militar trabalhava”.

    Veja a nota na íntegra:

    “A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar, realizou, na terça-feira (06/02), uma operação contra suspeitos de envolvimento na morte da policial militar Vaneza Lobão, que resultou no cumprimento de mandados de prisão temporária contra dois homens. Após a captura e a oitiva dos detidos, contudo, a DHC representou pela soltura de um dos presos. Ele havia sido apontado como suspeito, tendo em vista que pesquisou e monitorou o veículo da vítima, mas, durante depoimento, explicou e comprovou que esta era parte de seu trabalho, uma vez que o veículo costumava ficar estacionado no batalhão em que o militar trabalhava.

    A Polícia Civil esclarece que a prisão temporária é um instrumento para auxiliar nas investigações e, durante esta etapa, restando concluído que não há mais suspeita sobre o detido, é pedida a revogação da prisão, como ocorreu neste caso. A investigação continua para apurar o envolvimento de outras pessoas no crime”.

    O crime

    A agente que investigava a atuação de milícias no Rio, foi morta no dia 24 de novembro do ano passado, por volta das 21h30, quando foi alvo de tiros de fuzil por pessoas encapuzadas, enquanto abria a garagem de casa para guardar o próprio carro.

    Segundo informações do Disque-Denúncia, os criminosos já aguardavam a agente.

    À época, com a morte de Vaneza, o número de agentes mortos em ações violentas no estado do Rio de Janeiro subiu para 52.

    No início da madrugada do dia 25 de novembro, um dia após o crime, uma equipe da Polícia Militar do 27º BPM prendeu um miliciano no loteamento Madean, também em Santa Cruz, durante diligências para localizar suspeitos na morte de Vaneza. Com o homem foi encontrada uma arma de fogo, que foi apreendida.

    À época, o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ofereceu ajuda da Polícia Federal nas investigações do assassinato.

    Em publicação no ano passado, o então ministro lamentou “o terrível crime cometido contra a policial Vaneza Lobão, no Rio de Janeiro”, prestou solidariedade à família e “aos colegas da corporação” e afirmou ter orientado “a Polícia Federal a ajudar nas investigações, de competência das autoridades estaduais”.

    Quem era Vaneza?

    Formada em Direito, Vaneza entrou na corporação em 2013 e era uma profissional valorizada. Pouco antes de ser executada, foi condecorada pela Polícia Militar com o distintivo “Lealdade e constância”. Durante o curso para formação de cabos, a carioca, que tinha 31 anos, se formou com nota máxima. Ela sonhava em fazer carreira na corporação.

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