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    STJ rejeita ação contra Renato Kalil por suposta violência em parto

    Ministros entenderam que profissional não se afastou da boa prática médica em caso envolvendo parto da influenciadora Shantal Verdelho

    Guilherme Gamada CNN , São Paulo

    A 5ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu rejeitar uma ação penal contra o médico Renato Kalil, denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por lesão leve e violência psicológica durante o parto da influenciadora e empresária Shantal Verdelho, ocorrido em 2021.

    Os ministros entenderam, nesta quinta-feira (27), que o ocorrido foi compatível com parto normal, segundo apontaram laudos médicos do processo.

    A maioria da turma do STJ entendeu que não há indícios de imprudência ou negligência por parte do médico, que não se afastou da boa prática médica, dos princípios da ética e do cuidado.

    Os ministros ressaltaram que Kalil respeitou a decisão da paciente de não fazer a episiotomia, incisão usada para ampliar o canal de parto.

    “O STJ resgatou a Justiça e encerrou com o drama que vem afetando há muitos anos Renato Kalil”, disse Celso Vilardi, defesa do médico, à CNN.

    Relatos de profissionais do Hospital São Luiz Itaim, na cidade de São Paulo (SP), foram considerados para concluir que o médico não ultrapassou os limites de autonomia médica ao realizar o parto normal de Shantal Verdelho.

    À CNN, o advogado Sergei Cobra, representante da defesa de Shantal, disse que vai recorrer da decisão.

     

    O caso

    A denúncia do MPSP, feita em 2022, pedia indenização de R$ 100 mil pelos supostos danos. Na época, um vídeo em que Kalil supostamente xingava a influenciadora durante o parto viralizou nas redes sociais, assim como um vídeo do procedimento. Em 2022, Renato Kalil admitiu que usou “palavras inadequadas” durante o parto que considerou difícil.

    A denúncia havia sido rejeitada em primeiro grau, na 25ª Vara Criminal da Barra Funda. Em 2023, o Tribunal de Justiça de SP julgou procedente o recurso do MPSP.

    O MPSP apontou o médico como responsável por danos emocionais, com uso de “constrangimento, humilhação, manipulação, ridicularização, causando prejuízo à sua saúde psicológica” da paciente. Kalil sempre negou qualquer violência obstétrica.

    *Com informações de Victor Locateli e Letícia Cassiano

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