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    STJ mantém pedido de prisão de pediatra acusado de estuprar crianças na Paraíba

    Defesa do médico diz que vai recorrer; Fernando Paredes Cunha Lima é considerado foragido desde o dia 5 de novembro

    Gabriela Bentocolaboração para a CNN , no Recife

    O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter o pedido de prisão preventiva do médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, de 81 anos, acusado de estuprar crianças em seu consultório em João Pessoa, na Paraíba.

    A decisão foi assinada na última sexta-feira (15) pela ministra Daniela Teixeira, que destacou a gravidade das acusações e a necessidade de garantir a ordem pública como fundamentos para a medida. Nesta terça-feira (19), o pediatra completa duas semanas foragido da Justiça.

    Cunha Lima é investigado em dois processos que envolvem seis crianças. As acusações são de estupro de vulnerável, crimes que teriam ocorrido durante consultas médicas realizadas no consultório do pediatra. No dia 12 de novembro, o nome do médico foi incluído na lista de procurados pela Polícia Civil da Paraíba, que continua as buscas pelo seu paradeiro.

    A defesa do médico afirmou à CNN que vai recorrer da decisão do STJ, que rejeitou o habeas corpus solicitado pelos advogados. “Dr. Fernando não representa nenhum risco à ordem pública, muito menos para a instrução criminal, que já se encerrou. Acredito que essa ordem de prisão será revista”, comentou o advogado Lucas Mendes Ferreira.

    Operação e investigação em andamento

    A situação de Fernando Cunha Lima gerou grande repercussão após a Polícia Civil tentar cumprir o mandado de prisão em sua residência no dia 5 de novembro, mas não o encontrar no local. Na ocasião, agentes apreenderam documentos, computadores e celulares relacionados ao consultório do pediatra. A Justiça também determinou a quebra do sigilo telemático do médico, buscando mais informações sobre os crimes.

    O pedido de prisão preventiva foi autorizado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba após um recurso do Ministério Público, que apontou a necessidade da medida para prevenir novos crimes. O desembargador Ricardo Vital, responsável pela decisão, justificou que os crimes atribuídos ao médico não são isolados e que a idade avançada de Cunha Lima não impede a prisão preventiva.

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