STJ concede liberdade provisória a Nego Di, investigado por estelionato
Humorista estava preso desde julho e é acusado de lesar mais de 300 pessoas, com prejuízo superior a R$ 5 milhões
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu, nesta quarta-feira (27), liberdade provisória ao influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di.
A decisão foi dada em caráter liminar pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca e vale até o julgamento do mérito do habeas corpus apresentado pela defesa.
À CNN, a defesa disse que Nego Dí sairá da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) ainda hoje.
Em outubro, a Justiça do Rio Grande do Sul havia negado, pela terceira vez, o pedido de liberdade do humorista.
Nego Di estava preso desde julho deste ano, investigado por estelionato. Ele é acusado de enganar mais de 300 pessoas que compraram produtos pela loja virtual “Tadizuera”, administrada por ele.
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Nego Di, comediante e influenciador digital • Reprodução/Redes sociais
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Dois carros de luxo foram sequestrados pela Justiça com o casal • MPRS/Divulgação
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Um dos carros apreendidos pelos agentes nesta sexta-feira (12) • MPRS/Divulgação
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Celulares e demais equipamentos que possa dimensionar o tamanho do crime investigado foram apreendidos • MPRS/Divulgação
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Agentes cumpriram mandados em Santa Catarina, na residência do casal • MPRS/Divulgação
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Amra de uso restrito das Forças Armadas foi apreendida com Gabriela, que acabou presa em flagrante • MPRS/Divulgação
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Gabriela Sousa e Nego Di, influenciadores digitais do Rio Grande do Sul • Reprodução/redes sociais
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Gabriela Sousa e Nego Di são investigados por suposta lavagem de dinheiro e fraude em rifas virtuais • Reprodução/redes sociais
Nas redes sociais, Tati Borsa, advogada de Nego Di, celebrou a decisão. “Deu certo, Partiu Pecan”, escreveu.
Segundo a polícia, as vítimas tiveram prejuízo estimado em mais de R$ 5 milhões.
Nego Di deverá seguir medidas cautelares, determinadas pela Justiça, tais como:
- Comparecimento periódico em juízo para justificar suas atividades;
- Proibição de mudar de endereço sem autorização judicial;
- Proibição de se ausentar da comarca sem prévia comunicação ao
juízo; - Proibição de frequentar/usar redes sociais;
- Recolhimento do passaporte
Relembre o esquema
Nas redes, Nego Di dizia ter sido contratado por Anderson Bonetti para apenas divulgar os produtos, mas em outro vídeo dizia ser o dono e garantia a entrega do produto aos clientes.
Uma das vítimas do golpe, que teve um prejuízo de R$ 30 mil, ao comprar dois celulares e alguns ar-condicionado, contou à CNN sobre o modus operandi de Nego Di.
Segundo ela, o suspeito vendeu, em 2022, aparelhos celulares com valores bem abaixo do mercado e fez a entrega, para dar veracidade ao golpe.
Logo após, ele anunciou que criaria uma loja virtual, vendendo produtos em preço baixo para que todos pudessem ter acesso.