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    SP vê aumento de 33,7% em feminicídios no 1º semestre de 2023; Brasil tem 722 casos

    Estado com mais casos, São Paulo teve 111 vítimas; DF teve o maior crescimento, com 250%

    Brenda Silvada CNN , em Brasília

    No primeiro semestre deste ano, 722 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil. O número representa um aumento de 2,6% em relação ao mesmo período de 2022.

    Desde 2019, quando o crime de feminicídio foi incluído no Código Penal, a quantidade de vítimas cresceu 14,4%.

    O levantamento é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que analisou boletins de ocorrência de Polícias Civis dos estados e do Distrito Federal.

    O Sudeste foi a única região com aumento nos casos em comparação ao primeiro semestre de 2022. Foram 273 vítimas, com um crescimento de 16,2%.

    O estado de São Paulo teve 111 casos no período, o maior número entre as unidades federativas, que representa um crescimento de 33,7%.

    Já o Distrito Federal contou com o maior índice de aumento dos dados de feminicídio. Foram 21 vítimas no primeiro semestre de 2023 e 6 no mesmo período em 2022, o que mostra um crescimento de 250%.

    Apesar do aumento dos casos no Brasil, 12 estados tiveram redução dos feminicídios: Acre, Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Sergipe, Tocantins e Rio de Janeiro.

    Veja os dados por região:

    • Centro-Oeste: 81 casos (queda de 3,6%);
    • Norte: 69 casos (queda de 2,8%);
    • Nordeste: 187 casos (queda de 5,6%);
    • Sul: 112 casos (queda de 3,4%);
    • Sudeste: 273 casos (crescimento de 16,2%).

    Veja os dados por estado:

    • Acre (AC): 4 casos (queda de 42,9%);
    • Alagoas (AL): 13 casos (queda de 7,1%);
    • Amapá (AP): 5 casos (crescimento de 66,7%);
    • Amazonas (AM): 15 casos (crescimento de 87,5%);
    • Bahia (BA): 46 casos (queda de 2,1%);
    • Ceará (CE): 23 casos (crescimento de 64,3%);
    • Distrito Federal (DF): 21 casos (crescimento de 250%);
    • Espírito Santo (ES): 18 casos (crescimento de 20%);
    • Goiás (GO): 32 casos (crescimento de 3,2%);
    • Maranhão (MA): 22 casos (queda de 35,3%);
    • Mato Grosso (MT): 18 casos (queda de 14,3%);
    • Mato Grosso do Sul (MS): 10 casos (queda de 61,5%);
    • Minas Gerais (MG): 91 casos (crescimento de 11%);
    • Pará (PA): 30 casos (crescimento de 7%);
    • Paraíba (PB): 17 casos (sem variação);
    • Paraná (PR): 39 casos (crescimento de 30%);
    • Pernambuco (PE): 30 casos (queda de 25%);
    • Piauí (PI): 16 casos (crescimento de 23,1%);
    • Rio de Janeiro (RJ): 53 casos (queda de 3,6%);
    • Rio Grande do Norte (RN): 13 casos (crescimento de 44,4%);
    • Rio Grande do Sul (RS): 43 casos (queda de 24,6%);
    • Rondônia (RO): 7 casos (queda de 46,2%);
    • Roraima (RR): 3 casos (crescimento de 50%);
    • Santa Catarina (SC): 30 casos (crescimento de 3,4%);
    • São Paulo (SP): 111 casos (crescimento de 33,7%);
    • Sergipe (SE): 7 casos (queda de 30%);
    • Tocantins (TO): 5 casos (queda de 50%).

    Homicídios femininos sem classificação de feminicídio

    O levantamento também reuniu índices de homicídios dolosos praticados contra mulheres. Para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, é necessário comparar os dados porque a instituição do feminicídio como um crime é nova e podem ocorrer desafios na sua tipificação.

    “Tanto no trabalho de investigação das Polícias Civis, quanto no Judiciário, é comum que os profissionais tenham dificuldade de incorporar a perspectiva de gênero, com tendência a classificar como homicídio comum casos que deveriam ser feminicídios, ou seja, aqueles casos em que as mulheres morreram em razão de sua condição de gênero”, escreveu o Fórum.

    No primeiro semestre de 2023, foram registrados 1.902 homicídios femininos, um aumento de 2,6% em relação ao mesmo período no ano passado. São Paulo teve 230 casos e foi o estado com mais registros.

    Já o maior aumento ocorreu no Amapá, que dobrou a quantidade de vítimas, de quatro para oito homicídios femininos.

    Segundo o levantamento, a média de assassinatos de mulheres ao longo do primeiro semestre que foram tipificados como feminicídio é de 38%, o mesmo percentual de 2022.

    Estupros contra mulheres

    O Fórum também reuniu dados de estupro e estupro de vulnerável de meninas e mulheres no primeiro semestre deste ano. Foram 34 mil casos no Brasil, um aumento de 14,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

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