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    SP tem desfile de 7 de Setembro sob chuva e venda de bandeiras por ambulantes

    Espectadores se queixaram da estrutura montada para o público; prefeitura estima até 10 mil pessoas entre militares e civis na cerimônia

    Gonçalo Junior, do Estadão Conteúdo

    O desfile cívico-militar na cidade de São Paulo neste 7 de Setembro aconteceu na Avenida Dom Pedro I, no Ipirianga, zona sul da capital paulista. Além da falta de visibilidade por causa dos guarda-chuvas nesta quarta-feira chuvosa, a falta de arquibancadas foi motivo de queixa dos visitantes.

    “Levanta um pouco o guarda-chuva para a gente ver o desfile”. Só depois desse grito, atendido pela multidão à sua frente, que a servidora pública Cecília Bazaglia, de 43 anos, conseguiu ver um pouco da cerimônia.

    Pela via, também era possível ver boa parte do público com camisas (também bonés e cachecóis) com as cores verde e amarela e a venda, por ambulantes, de bandeiras do Brasil. Cada uma sai a R$ 30, mas duas têm desconto, ficando R$ 50. Algumas acabaram usadas para se proteger do mau tempo na capital paulista.

    Em São Paulo, com a presença de autoridades, militares e entidades da sociedade civil, a Prefeitura estima o comparecimento de cerca de 10 mil pessoas entre civis e militares na celebração do Bicentenário da Independência.

    Por causa da data e da reinauguração do Museu do Ipiranga, a cerimônia foi transferida para a Avenida Dom Pedro I, no Ipiranga, em frente ao Parque da Independência, neste ano.

    Na capital paulista, foi difícil ver de perto as tropas das Forças Armadas Brasileiras, com tanques e artilharia de guerra, os momentos mais aplaudidos. Desfilaram ainda as tropas das Polícias Militar e Civil de São Paulo.

    A falta de uma estrutura com diferentes níveis de visão, como uma arquibancada, foi a principal queixa do professor de História, Isaías Ferreira, de 43 anos. Só com o apoio de quem estava na frente que ele conseguiu um espacinho para os filhos Yuri e Sophia, de 9 e 8 anos. “Faltou dimensionar melhor a quantidade de pessoas e uma estrutura melhor para recebê-las”, disse o espectador.

    Ele se recorda que, nos anos anteriores, o desfile foi realizado na Avenida Tiradentes, região central, e também no Sambódromo, na zona norte, locais que, conforme afirmou, ofereciam melhor visibilidade. Na falta de arquibancadas, sobraram improviso e criatividade.

    O estudante Antonio, que prefere citar apenas o primeiro nome, subiu na cobertura do ponto de ônibus da avenida, na altura da rua Mariana Procópio. Foi acompanhando por pelo menos quatro pessoas. “Consegui um lugar exclusivo. Ainda bem que a juventude ainda me permite subir”, disse o jovem de 22 anos.

    A saída encontrada pelo operador logístico Felipe Doloso, de 33 anos, foi mais simples. Ele acomodou as filhas na base do muro da Igreja do Jesus Cristo dos Últimos Dias. “Vim só por causa delas (em referência às crianças), mas ainda não conseguiram ver muita coisa”, sorriu.

    Participaram do evento o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), além de comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica em São Paulo. Também participaram secretários do governo e do município.

    Veja imagens de outros desfiles pelo país: