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    SP: Número de mortos por PMs em serviço aumentou 24% de janeiro a julho em relação a 2022

    Nos primeiros sete meses deste ano, 185 pessoas foram mortas por policiais militares trabalhando, contra 149 nos mesmos meses de 2022

    Carolina Figueiredoda CNN , em São Paulo

    O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço no estado de São Paulo aumentou 24% de janeiro a julho deste ano em comparação ao mesmo período de 2022, de acordo com dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público (Gaesp).

    Com 33 vítimas, o mês de julho deste ano foi o que registrou o maior número de mortos.

    Nos primeiros sete meses deste ano, 185 pessoas foram mortas por policiais militares trabalhando, contra 149 nos mesmos meses de 2022.

    Os dados, atualizados até a última terça-feira (1º), mostram também que 63 pessoas foram mortas por policiais militares fora do horário de serviço no mesmo período – em 2022, foram 75 mortos.

    Do começo da Operação Escudo, que ocorre desde o último dia 28, após a morte de um PM da Rota em Guarujá, até o dia 1º deste mês, 13 pessoas foram mortas por policiais militares em Santos e em Guarujá, cidades do litoral onde a operação acontece. O número de mortos na operação chegou, nesta quarta-feira (2), a 16.

    Os dados do Ministério Público, que começaram a ser compilados em 2020, indicavam uma tendência de queda na letalidade policial nos dois últimos anos. Depois das 484 mortes registradas em 2020, o número caiu para 313 em 2021 e depois para 149 em 2022.

    Em 2020, sob o governo João Doria (PSDB), os agentes passaram a usar câmeras corporais para gravar as ações em serviço. Dois anos após a medida, em 2022 o estado registrou o menor número de mortos por policiais trabalhando da história.

    Vídeo: Operação em Guarujá reacende debate sobre uso de câmeras por policiais?

    Quando ainda era candidato, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) chegou a dizer que as câmeras atrapalhavam o trabalho da polícia e que estava disposto a rever a medida. Após repercussão negativa, Tarcísio recuou sobre o assunto.

    As imagens poderiam compor uma investigação para o esclarecimento das mortes durante a Operação Escudo.

    À CNN, o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, disse que alguns equipamentos usados pelos policiais durante essa operação podem não ter funcionado adequadamente.

    Questionado sobre o aumento, a SSP disse em nota que “os números mostram que a principal causa das mortes decorrentes de intervenção policial não é a atuação da polícia, mas, sim, a opção do confronto feita pelo infrator, que subjuga as vítimas, colocando-as em risco, assim como todos os participantes da ação”.

    A pasta afirmou ainda que todos os casos com mortes são rigorosamente investigados pelas respectivas corregedorias, encaminhados ao Ministério Público e julgados pelo Poder Judiciário.

    Veja os dados completos

    Veja o posicionamento completo da Secretaria de Segurança Pública de SP

    “A SSP informa que, no primeiro semestre de 2023, as forças policiais detiveram um total de 95.394 pessoas, representando um aumento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 99,76% dessas ocorrências não houve registro de mortes em confronto. Os números mostram que a principal causa das mortes decorrentes de intervenção policial não é a atuação da polícia, mas, sim, a opção do confronto feita pelo infrator, que subjuga as vítimas, colocando-as em risco, assim como todos os participantes da ação. Todos os casos dessa natureza são rigorosamente investigados pelas respectivas corregedorias, encaminhados ao Ministério Público e julgados pelo Poder Judiciário.

    A Pasta continua investindo de forma contínua no treinamento do efetivo e na implementação de políticas públicas para reduzir as mortes decorrentes de intervenção policial (MDIP), que incluem o aprimoramento constante dos cursos e treinamentos.”

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