SP: Mudar aprovação serve para reorganizar calendário escolar, diz especialista
Estudantes serão avaliados em oito bimestres letivos
O secretário estadual de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, falou à CNN que, por causa da paralisação no calendário em razão da pandemia do novo coronavírus, a avaliação dos alunos da rede pública de ensino será diferente em 2020: não haverá reprovação. Mas, segundo Soares, não acontecerá uma “aprovação de qualquer jeito” e os estudantes serão avaliado em oito bimestres — em vez dos quatro usuais.
Em entrevista à CNN, na manhã desta segunda-feira (24),Mozart Neves, professor da USP e especialista em Educação comentou a decisão do governo paulista. Segundo ele, a ideia do governo estadual é promover “uma reorganização do calendário escolar”.
“Entendo que a posição do secretário é aquela que conversa com aquilo que foi previsto pelo Conselho Nacional de Educação. O parecer prevê que o currículo contínuo durante oito bimestres é absolutamente importante para uma avaliação segura da evolução dos estudante. É fundamental articular as atividades de 2020 com as do próximo ano de tal maneira que não haverá reprovação ou aprovação automática. O que está se colocando é uma reorganização do calendário escolar”, explica.
Leia também:
Veja as datas dos principais vestibulares paulistas em 2021
Para pediatra, estudo de Harvard alerta para riscos de volta às aulas
Mozart também explicou a divisão do ano letivo em oito bimestres, proposta pelo secretário. De acordo com especialista, tal mudança exigirá monitoramento e planejamento das atividades. “No primeiro momento teremos quatro bimestres, que vai permitir que os professores verifiquem o desenvolvimento destes estudantes. Os outros quatro últimos bimestres será para parte das atividades essenciais que deveriam ter sido desenvolvidas em 2020, mas que poderão ser repostas em 2021.
E acrescenta: “Portanto, Rossieli está integrando as aprendizagens essenciais entre estes dois anos e uma avaliação contínua durante este período. Toda esta mudança irá exigir, naturalmente, um planejamento e monitoramento das atividades”, finalizou.
(Edição: Leonardo Lellis)
