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    “Só tem diálogo com MST depois que desocuparem fazendas”, diz Suzano

    Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou hoje que vai sugerir ao MST que “negocie soluções”

    Raquel Landimda CNN

    O presidente da Suzano, Walter Schalka, disse à CNN que “só tem diálogo com o MST depois que desocuparem as fazendas” na Bahia.Na segunda-feira (1), o Movimento Sem Terra (MST) invadiu três propriedades da fabricante de papel e celulose nas cidades baianas de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas.

    Hoje (2), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que vai sugerir ao MST que “negocie soluções” com a Suzano.

    O ministro se reuniu com um alto funcionário da área de relações institucionais da Suzano.“Vou ligar para o MST e sugerir que possam negociar soluções em relação ao terreno (em Mucuri)”, disse Teixeira.

    À CNN, Schalka disse que “só tem diálogo depois que desocuparem as fazendas.”. E continuou: “Primeiro é preciso respeitar a lei. Depois que eles saírem estamos abertos a cooperação, como sempre estivemos”, afirmou.

    Pela legislação brasileira, invasão de terras é crime. A constituição só autoriza desapropriação de terras improdutivas. O MST alega que a Suzano pratica a monocultura com o plantio de eucalipto, mas não há qualquer previsão legal contra monocultura.

    Segundo o ministro, existe um conflito há quase dez anos no terreno de Mucuri e a invasão teria relação com a retomada das negociações entre a MST e a Suzano. A CNN apurou que existia um acordo para desapropriação de uma área ainda a ser definida, que foi selado no início dos anos 2000.O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no entanto, não chegou a determinar o local e por isso o processo não foi finalizado.

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