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    Sistema Cantareira tem menor volume para começo de abril em 6 anos

    Operação acontece com um volume armazenado médio de 60,2% quando se consideram todos os reservatórios, apontam dados da Sabesp 

    Carolina FigueiredoGiovanna Galvanida CNN , em São Paulo

    O Sistema Cantareira está com o menor volume armazenado para o início de abril desde 2016, indicam dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Segundo atualização da terça-feira (5), o Cantareira está com 45,6% do seu volume total. Em 2016, a mínima foi de 36,6%.

    Apesar do Sistema Cantareira ser maior fornecedor de água para a região metropolitana de São Paulo, os índices dos outros reservatórios que abastecem a região não ficam abaixo de 50%. O Alto Tietê, por exemplo, opera com volume de 60,7%; o reservatório do Rio Grande bateu 103,8% do volume total.

    Considerando a média de todos os reservatórios, a operação acontece com um volume armazenado médio de 60,2%, segundo a Sabesp.

    Veja os indicativos da série histórica para o dia 5 de abril no Cantareira:

    • 2022 – 45,3%
    • 2021 – 52,6%
    • 2020 – 64,2%
    • 2019 – 55,0%
    • 2018 – 54,3%
    • 2017 – 65,2%
    • 2016 – 36,6%

    Chuvas

    Mesmo com o cenário do Cantareira, a chegada do outono trouxe perspectivas de chuvas para a região Sudeste — o que foi consolidado com grandes volumes de água em regiões litorâneas e, consequentemente, tragédias em regiões com moradias em locais de risco.

    De acordo com o Climatempo, entre as noites dos dias 31 de março e 2 de abril, pluviômetros do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registraram mais de 700 mm na região de Angra dos Reis, no litoral sul fluminense. Na região de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, os acumulados em 48 horas chegaram a quase 600 mm.

    A perspectiva é que abril continue chuvoso e conte com a passagem de mais uma frente fria intensa, que deve chegar forte ao Sudeste no começo da segunda quinzena do mês, alertou o Climatempo.

    Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (6), o meteorologista-chefe do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Francisco de Assis Diniz, afirmou que as fortes chuvas atípicas que vêm atingindo o país nos últimos meses também são consequência das mudanças climáticas em curso.

    “O verão deste ano [teve] adversidades meteorológicas muito fortes com relação a esses eventos extremos, que vêm aumentando não só no Brasil, mas no mundo todo devido às mudanças climáticas”, disse. “Se você aquece [o planeta], cria mais instabilidade na atmosfera, e consequentemente terá mais chuvas fortes, mais temporais e vendavais”, explicou.

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