Sistema Cantareira, em São Paulo, volta ao estado de alerta
Segundo a Sabesp, não há risco de desabastecimento neste momento na Região Metropolitana de São Paulo
O Sistema Cantareira, principal reservatório da região metropolitana de São Paulo, entrou no mês de julho na Faixa 3 – Alerta. Contudo, a situação não prevê alteração na operação, informou em nota a Sabesp – empresa de sanemaneto do Estado de São Paulo.
O Cantareira faz parte do Sistema Integrado Metropolitano – que é composto por outros seis mananciais (Alto Tietê, Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço) – e opera atualmente com 54,7% da capacidade, nível similar aos 52,2% registrados em 2021.
Confira na íntegra a nota da Sabesp
A Sabesp informa que o Sistema Cantareira entrou no mês de julho na Faixa 3 – Alerta, conforme as regras da outorga (Resolução Conjunta ANA/DAEE 925/2017). A situação não prevê alteração na operação. A Companhia está retirando atualmente 22 m³/s, inferior ao limite máximo de 27 m³/s autorizado, o que é possível graças à integração com os demais sistemas.
A Sabesp esclarece que não há risco de desabastecimento neste momento na Região Metropolitana de São Paulo, mas orienta o uso consciente da água, em qualquer época e em todos os municípios em que opera. A Companhia reforça que o Cantareira faz parte do Sistema Integrado Metropolitano, que é composto ainda por outros 6 mananciais (Alto Tietê, Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço).
Desde a crise hídrica, os investimentos da Companhia tornaram o Sistema Integrado mais robusto e flexível (sendo possível abastecer áreas diferentes com mais de um sistema), com destaque para a implantação do novo sistema São Lourenço e para a interligação da bacia do Paraíba do Sul com o Cantareira.
Neste momento, o Sistema Integrado opera com 54,7% da capacidade, nível similar, por exemplo, aos 52,2% de 2021, quando não houve problemas no abastecimento da Região Metropolitana.
Projeção Hidrológica para o Sistema Cantareira, do Cemaden, em 03 de maio
Esta edição do boletim traz a situação para o mês de abril de 2022, e projeções hidrológicas de maio a setembro de 2022. A situação de armazenamento dos reservatórios do Sistema Cantareira, no final de abril de 2022 (44%), é pior quando comparada ao mesmo período do ano de 2021 (51%).
Com a situação atual de armazenamento, os reservatórios do Sistema Cantareira encontram-se na faixa de operação “Atenção” (armazenamento entre 40% e 60%), cuja máxima vazão de extração para o atendimento da demanda hídrica da região metropolitana de São Paulo é 31 m³/s.
Em abril de 2022, a média de extração para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo foi 21 m³/s. Ainda no mês de abril, a precipitação e a vazão foram equivalentes a 36% e 53% da média histórica do mês, respectivamente.
Com relação às projeções, as simulações indicam que, no cenário de chuva na média histórica, a vazão afluente ao reservatório, no período de maio a setembro de 2022, para o mesmo cenário de chuvas, a vazão afluente alcançaria 17 m³/s, o que representa 63% da média histórica para este período (27 m3/s).
Ainda considerando o cenário de precipitações na média histórica, o modelo hidrológico projeta um armazenamento no sistema, no final do horizonte de projeções (setembro de 2022), de 26%, na faixa de operação “Restrição” (armazenamento entre 20% a 30%).
Considerando um cenário de chuvas 25% abaixo da média, o modelo indica, para o mesmo período, vazão média de 48% da média histórica e armazenamento no final de setembro, de 20% (faixa de operação “Especial”).