Sindicatos aprovam greve de Metrô, CPTM e Sabesp em SP nesta terça (3)
Categorias paralisarão serviços a partir da 0h contra as privatizações do governo de São Paulo
Os sindicatos dos Metroviários, dos Ferroviários e dos funcionários da Sabesp confirmaram, nesta segunda-feira (2), com 83% de apoio dos associados, a greve unificada a partir da 0h desta terça-feira (3).
A paralisação acontece para protestar contra as concessões, terceirizações e privatizações das três empresas.
Quais linhas devem ser afetadas pela greve?
As linhas que devem ser afetadas pela greve são as seguintes:
- Linha 1–Azul (Metrô)
- Linha 2–Verde (Metrô)
- Linha 3–Vermelha (Metrô)
- Linha 15–Prata (Metrô)
- Linha 7–Rubi (CPTM)
- Linha 10–Turquesa (CPTM)
- Linha 11–Coral (CPTM)
- Linha 12–Safira (CPTM)
- Linha 13–Jade (CPTM)
As linhas 8-Diamante (trem), 9–Esmeralda (trem) e 5–Lilás (metrô) são administradas pela ViaMobilidade. A linha 4–Amarela (metrô) é de responsabilidade da ViaQuatro.
Por causa da paralisação, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de veículos na terça-feira (3).
“Nós, metroviários, estamos convencidos de que apenas nossas categorias isoladas não se bastam para enfrentar esse projeto”, disse, na assembleia, a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa. “É por isso que, a partir da 0h, vamos parar São Paulo, em unidade, e derrotar as privatizações do governador Tarcísio”, prosseguiu.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região determinou a manutenção dos serviços de transporte em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos, além de 85% do contingente da Sabesp.
Também foi proibida pela Justiça a liberação de catracas, que havia sido proposta pelos grevistas.
Governo diz que greve é “ilegal e abusiva”
O governo de São Paulo afirmou, nesta segunda-feira (2), que a greve do Metrô, da CPTM e da Sabesp é “ilegal e abusiva”.
“É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão”, disse a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) em nota.
Segundo o comunicado, a greve não foi convocada para reivindicar questões salariais ou trabalhistas, “mas, sim, para que os sindicatos atuem, de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, para se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas”.
Veja também: Decisão da Justiça que proíbe greve no Metrô de São Paulo chama movimento de “político”