Sindicato anuncia greve nas linhas 11, 12 e 13 da CPTM na terça-feira (24)
CPTM diz que Justiça do Trabalhado determinou manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$100 mil diários
O Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, após assembleia geral nesta segunda-feira (23), determinou greve nas linhas 11 – Coral, 12 – Safira e 13 – Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) a partir da meia-noite desta terça-feira (24), por tempo indeterminado.
A decisão ocorreu após audiência de conciliação ocorrida do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), onde as propostas da CPTM foram negadas pelo sindicado, sendo elas: aumento de 4% para a base salarial de março de 2020, com inclusão na folha de pagamento a partir de agosto e pagamento das diferenças salariais anteriores a março/2020, a partir de fevereiro de 2022, em dez parcelas mensais.
Para a base salarial de março de 2021, a empresa ofereceu aumento de 6% com pagamento a partir de janeiro de 2022, com as diferenças anteriores a março/2021, sendo pagas a partir de fevereiro de 2022, também em dez parcelas mensais.
As negociações sobre participações nos lucros seriam abertas em momento apropriado, segundo a empresa do governo paulista, com os sindicatos que representam as demais linhas da companhia.
A contraproposta do sindicato pedia pagamento das diferenças da base salarial de março/2020 a partir de agosto e para a base salarial de março/2021 em setembro. O pedido não foi aceito pela CPTM.
“A pandemia começou por decretos a partir de 24 de março de 2020, e a nossa data base é 1º de março. A empresa utilizou essa desculpa para não negociar em cima da pandemia. Estamos a dois anos sem reposição salarial. Só querem pagar os atrasados em dez parcelas, a partir de fevereiro de 2022. Isso é um desrespeito total”, disse Alexandre Murcio, secretário-geral do sindicato.
Procurada pela CNN, a CPTM diz que “lamenta a decisão sobre a greve e espera que não haja adesão por parte dos trabalhadores em respeito aos cidadãos que necessitam do transporte. Reforça que há uma decisão da Justiça do Trabalho determinando a manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$100 mil diários.”
A empresa ainda diz que irá operar “com um plano de contingência para atender a todos que precisam do transporte, principalmente aos que trabalham em serviços essenciais.”