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    Símbolo do Rio, relógio da Central do Brasil volta a funcionar após um ano parado

    Estrutura fica em prédio de 110 metros de altura e passou por manutenção de quatro meses para voltar a marcar a hora certa

    Stéfano Sallesda CNN , Rio de Janeiro

    No Natal do ano em que Fernanda Montenegro, protagonista de Central do Brasil, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL), o Rio de Janeiro recuperou seu relógio mais icônico, símbolo da locação que batizou o longa-metragem que levou a imagem da cidade para o Oscar de 1999, no qual a grande dama dos palcos foi indicada ao prêmio de melhor atriz.

    Inaugurado em 1943, o relógio da Central do Brasil voltou a marcar a hora certa neste sábado (25), depois de um ano parado por falta de manutenção.

    O relógio de quatro faces da construção, em art déco, fica no topo de uma torre de 110 metros e 32 andares. O equipamento ocupa quatro andares da torre e foi construído pela IBM. A recuperação da estrutura ocorreu após quatro meses de manutenção.

    Embora historicamente associado à operação da rede ferroviária, por estar no complexo da estação terminal Dom Pedro II (Central do Brasil), o relógio está sob responsabilidade da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

    Responsável pela pasta, o secretário Fernando Veloso destacou a importância de recuperar o relógio, com tombamento federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 2008 e, em âmbito estadual, desde 1996, depois de apresentar uma série de sinais de abandono e vandalismo.

    “Após um trabalho extremamente técnico da nossa equipe de engenharia e a empresa prestadora de serviço de manutenção predial, conseguimos entregar esse importante patrimônio à população. A equipe responsável ficou ainda mais feliz em fazer essa entrega em pleno Natal”, afirma Veloso.

    Historicamente, acertar o relógio de pulso de acordo com o horário marcado pela torre da Central do Brasil era uma tradição no Rio de Janeiro. Principalmente para não perder o trem. Contudo, a altura da torre permite que os cariocas controlem a hora por ela, mesmo a quilômetros de distância.

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