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    Sete pessoas são presas por clonagem de veículos no Rio de Janeiro

    Polícia Civil cumpre 70 mandados de busca e apreensão para desarticular organização criminosa especializada na receptação de veículos roubados, furtados e oriundos de estelionato

    Fachada da Secretaria de Estado da Polícia Civil, no centro do Rio de Janeiro
    Fachada da Secretaria de Estado da Polícia Civil, no centro do Rio de Janeiro Tomaz Silva/Agência Brasil

    Isabelle Salemeda CNN

    no Rio de Janeiro

    Sete pessoas foram presas durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, com objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na receptação de veículos roubados, furtados e oriundos de estelionato.

    De acordo com as investigações, os criminosos, que atuavam há pelo menos cinco anos, também promoviam adulteração nos carros para depois fazer a clonagem e venda.

    Na ação desta quinta-feira (20) foram cumpridos 70 mandados de busca e apreensão. Além disso, entre os 25 indiciados, 17 tiveram a prisão preventiva decretada.

    De acordo com a Polícia Civil, os veículos eram comercializados com documentos expedidos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O grupo atuava em toda Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Região dos Lagos, no Norte, Nordeste e Noroeste Fluminense, bem como em outros estados, como São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.

    As investigações começaram depois da prisão em flagrante, pelo crime de receptação, de Sílvio Ricardo Martins Aguiar. Ele estava em um carro roubado e clonado. A Polícia, então, conseguiu autorização judicial para analisar o conteúdo do celular do preso e identificou outros integrantes da organização criminosa.

    Por meio de interceptação telefônica, também autorizada pela justiça, foram analisadas 13 mil ligações e trocas de mensagens.

    As investigações apontam Silvio Ricardo e outros dois homens como líderes do bando. Os demais integrantes da organização eram responsáveis pela adulteração, transporte e revenda dos veículos.

    Havia, ainda, a atuação de despachantes e de uma funcionária do Detran, que fazia a emissão de documentos, possibilitando a revenda e circulação dos veículos com aparente legalidade.

    Os criminosos tinham, segundo os policiais, contato com traficantes de drogas e conseguiam comprar veículos roubados por valores abaixo do mercado (em torno de mil reais). A quadrilha também comprava carros que tinham sido alugados fraudulentamente em locadoras e não devolvidos, bem como de proprietários que realizavam o golpe de seguro.