Sete pessoas são presas por clonagem de veículos no Rio de Janeiro
Polícia Civil cumpre 70 mandados de busca e apreensão para desarticular organização criminosa especializada na receptação de veículos roubados, furtados e oriundos de estelionato
![Fachada da Secretaria de Estado da Polícia Civil, no centro do Rio de Janeiro Fachada da Secretaria de Estado da Polícia Civil, no centro do Rio de Janeiro](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/11/fachada_da_secretaria_de_estado_da_policia_civil_no_centro_do_rio_de_janeiro1006219443.jpeg?w=1170&h=674&crop=1)
Sete pessoas foram presas durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, com objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na receptação de veículos roubados, furtados e oriundos de estelionato.
De acordo com as investigações, os criminosos, que atuavam há pelo menos cinco anos, também promoviam adulteração nos carros para depois fazer a clonagem e venda.
Na ação desta quinta-feira (20) foram cumpridos 70 mandados de busca e apreensão. Além disso, entre os 25 indiciados, 17 tiveram a prisão preventiva decretada.
De acordo com a Polícia Civil, os veículos eram comercializados com documentos expedidos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O grupo atuava em toda Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Região dos Lagos, no Norte, Nordeste e Noroeste Fluminense, bem como em outros estados, como São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.
As investigações começaram depois da prisão em flagrante, pelo crime de receptação, de Sílvio Ricardo Martins Aguiar. Ele estava em um carro roubado e clonado. A Polícia, então, conseguiu autorização judicial para analisar o conteúdo do celular do preso e identificou outros integrantes da organização criminosa.
Por meio de interceptação telefônica, também autorizada pela justiça, foram analisadas 13 mil ligações e trocas de mensagens.
As investigações apontam Silvio Ricardo e outros dois homens como líderes do bando. Os demais integrantes da organização eram responsáveis pela adulteração, transporte e revenda dos veículos.
Havia, ainda, a atuação de despachantes e de uma funcionária do Detran, que fazia a emissão de documentos, possibilitando a revenda e circulação dos veículos com aparente legalidade.
Os criminosos tinham, segundo os policiais, contato com traficantes de drogas e conseguiam comprar veículos roubados por valores abaixo do mercado (em torno de mil reais). A quadrilha também comprava carros que tinham sido alugados fraudulentamente em locadoras e não devolvidos, bem como de proprietários que realizavam o golpe de seguro.