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    Secretário do RJ sobre “justiceiros”: “não se combate um crime com outro”

    Em entrevista à CNN, Victor Santos, responsável pela Segurança Pública do estado, rejeitou a iniciativa de civis

    Júlia Vieirada CNN* , em São Paulo

    O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, criticou, nesta sexta-feira (8) a iniciativa dos moradores de Copacabana, os chamados “Justiceiros“, de criar uma espécie de “força-tarefa” para combater o crime no bairro.

    À CNN, Santos afirmou que um crime não pode justificar outro. “Pode até parecer, naquele primeiro momento, um momento de desespero [que um crime justifica outro], porque é uma cena que choca todo mundo, mas isso não pode ser motivador para as pessoas acharem que podem fazer justiça com as próprias mãos”, argumentou o secretário.

    Ele também defendeu a atuação da polícia e pediu para que a população acredite no trabalho dos agentes. “Acho que o cidadão tem que continuar confiando na sua polícia. A gente sabe que o trabalho é árduo, que o policial muitas vezes também fica desmotivado vendo o mesmo sujeito que ele apreendeu quando menor e ser preso como adulto. Essa sensação que acaba gerando de impunidade e insegurança… o policial também sente isso”, justificou.

    Homem acusado de agredir idoso é preso

    O secretário ainda comentou a prisão do homem acusado de roubar e agredir um idoso em Copacabana no último sábado (2). Marcelo Benchimol, de 67 anos, tentou defender outra vítima dos assaltantes quando acabou golpeado com um soco no rosto e ficou desacordado. Após cair no chão, ele teve os bolsos revirados e os pertences levados pelos bandidos.

    “Desde de que o fato aconteceu, a Polícia Civil começou um trabalho intenso de identificar os responsáveis. E, em menos de 24 horas, isso foi possível. E agora a Polícia conseguiu prender, em Foz do Iguaçu, na Baixada Fluminense, essa pessoa que praticou esse crime absurdo”.

    Segundo, Victor Santos, o compartilhamento de imagens foi fundamental para encontrar o criminoso. “Esse sujeito já havia sido abordado dezenas de vezes pelos policiais, claro que em alguns momentos ele não estava cometendo crimes, mas estava em atitudes suspeitas. Foi verificado que ele tinha 10 passagens pela polícia, sete ainda enquanto era menor de idade. Ou seja, ele era reincidente — e um reincidente específico, porque em todos os casos foi praticado furto e roubo”, detalhou.

    *Com produção de Pedro Osório

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