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    Secretário da PM em SP diz que polícia não cometeu excessos e evitou mal maior

    Ato na Paulista reuniu torcidas organizadas, militantes de oposição a Bolsonaro e movimentos sociais

    O coronel Alvaro Batista Camilo, secretário-executivo da Polícia Militar (PM) de São Paulo, disse à CNN, nesta segunda-feira (1º), que não considerou que houve excesso no uso da força policial durante os atos na avenida Paulista, que ocorreram no domingo (31).

    De um lado, manifestantes contra Bolsonaro se reuniram um movimento com torcidas rivais de times de futebol no estado – Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos. Do outro, militantes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Os protestos seguiam pacíficos, mas houve embate quando os dois grupos se encontraram.

    “O que a polícia faz ali é proteger as pessoas e garantir o direito da livre manifestação dos dois lados. Esses lados antagônicos não poderiam se encontrar porque um mal maior poderia ter acontecido, então a polícia evitou e fez barreiras dos dois lados”, avaliou o coronel.

    “Não houve excesso da polícia. Ela só acompanhou os manifestantes e retirou a possibilidade de confronto. A polícia não foi acima e não perseguiu ninguém. Ela evitou que as pessoas se confrontassem”, acrescentou.

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    Segundo o secretário-executivo da PM, “os dois lados estavam com animosidade acirrada”. “Houve provocação dos dois lados e, em um determinado momento, um grupo caminhou pela avenida Paulista tentando chegar do outro lado. Nesse momento, a polícia reforçou a sua barreira. Começaram a atirar pedras e garrafas contra a polícia, e um policial chegou a ser atingido por estilhaços de garrafa”.

    Camilo afirma que a ação da polícia se fez necessária diante da postura de alguns envolvidos. “Foi para não deixar que os dois grupos se confrontassem, que era o maior perigo naquele momento porque os dois tinham grupos radicais. Além do que, no meio dessas pessoas, também tinham outros que não estavam ali para se manifestar”, afirmou.

    Ele ainda revelou que cinco skinheads – foram presos durante o protesto. “Eles estavam agredindo uma pessoa e foram levados todos para o distrito policial. Sabemos que eram skinheads porque foram conduzidos ao Departamento Policial e cadastrados. Um ficou preso, porque era o que tinha a posse de um celular roubado, e outros acabaram sendo liberados. Mas eles foram identificados, por isso que eu afirmo que eram skinheads. Eles, inclusive, se declararam pertencentes a grupos”.

    Perguntado sobre as críticas em relação à atuação da PM, o secretário-executivo classificou que os policiais atuaram “corretamente dos dois lados”. “Houve o emprego de munição química dos dois lados. A polícia não tem lado nem ideologia, ela vai agir contra que quebra a ordem, e foi isso o que ela fez”, concluiu.