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    Secretaria do Governo do RJ nega falhas na tornozeleira da deputada Flordelis

      A defesa da parlamentar pediu à Justiça a não obrigatoriedade do uso do monitoramento eletrônico por supostas falhas no equipamento 

    Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro 

    Em resposta ao pedido feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) negou que tenha havido falhas no sistema e na central de atendimento do monitoramento eletrônico por tornozeleiras, como alegado pela deputada federal Flordelis dos Santos de Souza. As supostas falhas teriam acontecido nos dias 19 e 20 de maio deste ano, segundo a parlamentar.  

    A SEAP afirmou em ofício que “não houve falha de sistema, uma vez que o alarme ocorreu, a equipe efetuou todos os trâmites necessários para analisar o equipamento, tendo agendado e realizado a manutenção no dia 21 de maio, efetuando a manutenção e finalizando o alarme, sem qualquer menção à transgressão”.  

    Segundo a secretaria, em caso de danos, intencionais ou não, um alarme é disparado na central de monitoramento. Ao soar este alarme, o monitorado é contactado para agendar o comparecimento a alguma central de atendimento, para que seja feita uma avaliação do problema ocorrido.   

    Segundo a secretaria, o alarme ocorre em três hipóteses: “o monitorado puxar com força o equipamento, fazendo com que a cinta de borracha se desloque, perdendo o ponto de contato e gerando o alarme no sistema; em caso de pancada muito forte no equipamento (acidental ou intencional) e em caso de, intencionalmente, o monitorado romper/cortar/danificar o equipamento, gerando o alarme por decorrência da ruptura da fibra ótica”. 

    A resposta da Seap foi enviada alguns dias depois de a juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, ter negado novamente o pedido da defesa para suspender a obrigatoriedade do uso da tornozeleira eletrônica. Mesmo sem o retorno da Seap, a juíza citou um “quadro de incerteza acerca do paradeiro da ré Flordelis, diante da dificuldade de sua localização”, para manter o uso do equipamento. 

    Em nota enviada quando a justiça negou a suspensão do uso da tornozeleira eletrônica pela parlamentar, a defesa de Flordelis disse que os defeitos apontados por ela “levaram a defesa a realizar o pedido de retirada do equipamento, já que os problemas sistemáticos de funcionamento estão sendo utilizados para a criação de uma narrativa inverídica, que causa danos à imagem da deputada, além de colocar a sua saúde em risco, por conta da necessidade de deslocamento constante até o local de manutenção do equipamento”. 

    Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil, Flordelis é suspeita de ser a mandante e mentora da morte de seu então marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros em junho de 2019. A parlamentar irá a juri popular e pode perder seu mandato.

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